Long covid Brasil: investigação sobre os sintomas persistentes da covid-19 após recuperação

Abstract

RESUMO

O estudo buscou conhecer o perfil dos brasileiros que sofreram com a síndrome pós-covid/Long covid, e quais foram os sintomas que mais persistiram nessas pessoas após a cura da infecção. Trata-se de uma pesquisa epidemiológica observacional de abrangência nacional realizada através de um questionário contendo 18 perguntas de cunho pessoal e relacionada a covid-19. Foram avaliados 357 brasileiros que tiveram confirmação da COVID-19, destes, 236 mulheres e 131 homens, com idade média de 36,3 anos. Nossa amostra apresentou 49% dos indivíduos com peso normal ou abaixo do ideal, sendo que 51% eram sobrepesos ou obesos. Podemos verificar também que a maioria dos indivíduos analisados, 48% deles foram diagnosticados através do método de reação em cadeia da polimerase (PCR). A forma de tratamento mais comum foi a farmacológica domiciliar (77%). Outro ponto analisado, foi a prática regular de exercícios dos brasileiros, a maioria deles (51% da amostra) ou era sedentário, sem nenhuma prática de exercícios relatada, ou praticava exercícios de forma irregular. Os outros 49% da amostra, eram praticantes regulares de exercícios ou iniciaram após o diagnóstico da doença. Já em relação aos sintomas persistentes, 240 pessoas, relataram sentir pelos menos um sintoma após a recuperação da doença. Nossa amostra apresentou o cansaço e a fadiga como os principais sintomas pós-covid, cerca de 60%, ainda podemos chamar atenção para as dores musculares e articulares. A síndrome pós-covid é multifatorial, o que nos limita de achar com clareza a sua real causa, pois são vários fatores que contribuem para a continuidades dos sintomas após a recuperação, uma delas é ter alguma doença pré-existente antes da infecção ou até mesmo não ter uma vida fisicamente ativa, e o cansaço e a dor de cabeça são os principais sintomas que persistiram após a recuperação.