Modelagem matemática da capacidade de autodepuração do rio Gangan, em São Luís-MA

Abstract

RESUMO

O saneamento ambiental consiste num dos pilares para garantia de saúde, bem-estar da sociedade e preservação do meio ambiente. Porém, o Brasil possui déficits no que concerne à garantia de acesso aos serviços públicos de qualidade, principalmente às regiões mais pobres do país. O lançamento inadequado de efluentes nos corpos hídricos compromete a qualidade de suas águas e provoca o desequilíbrio no ecossistema aquático. Em vista disso, este trabalho analisou a capacidade de autodepuração do Rio Gangan, localizado na região metropolitana de São Luís o qual sofre com a crescente urbanização da região. Para isso, foi utilizado o modelo de Streeter-Phelps, observando-se a variação dos parâmetros de DBO e OD durante o lançamento pontual de efluente. Conforme os resultados obtidos, o Rio Gangan não apresenta condições de autodepuração para o lançamento de novas cargas de efluentes. Além disso, a partir de determinado trecho, o corpo hídrico entra em estado de anaerobiose, condição crítica para a maioria das formas de vida aquática. Destaca-se a importância deste tipo de estudo para monitoramento do impacto ambiental gerado pela atividade humana. Espera-se que este trabalho fomente a utilização da modelagem matemática para o estudo das condições ambientais de diferentes corpos hídricos da região de São Luís.