Educação financeira e gênero: análise dos fatores do conhecimento financeiro entre mulheres

Abstract

RESUMO: Este trabalho analisa os fatores que influenciam a educação financeira entre mulheres, destacando como aspectos comportamentais, socioeconômicos e educacionais contribuem para o gap de gênero. O objetivo é identificar os principais fatores relacionados ao baixo nível de literacia financeira feminina. A metodologia adotada foi uma revisão sistemática da literatura, guiada pelo protocolo PRISMA, com base em 14 estudos publicados entre 2011 e 2024 nas bases Scopus, Web of Science, Scielo. Os resultados revelam que mulheres tendem a apresentar menor autoconfiança, maior aversão ao risco e dependência de terceiros para decisões financeiras, mesmo possuindo conhecimento semelhante ao dos homens. A condição conjugal, renda e escolaridade também se mostram determinantes. Conclui-se que políticas públicas devem considerar não apenas o ensino técnico, mas também os vieses comportamentais e as barreiras sociais enfrentadas pelas mulheres. O estudo reforça a necessidade de intervenções educativas sensíveis ao gênero para promover a inclusão financeira.__ABSTRACT : This paper analyzes the factors that influence financial literacy among women, highlighting how behavioral, socioeconomic and educational aspects contribute to the gender gap. The aim is to identify the main factors related to the low level of female financial literacy. The methodology adopted was a systematic literature review, guided by the PRISMA protocol, based on 14 studies published between 2011 and 2024 on the Scopus, Web of Science and Scielo databases. The results show that women tend to have lower self-confidence, greater risk aversion and dependence on third parties for financial decisions, even though their knowledge is similar to that of men. Marital status, income and schooling also proved to be determining factors. The conclusion is that public policies should consider not only technical education, but also the behavioral biases and social barriers faced by women. The study reinforces the need for gender-sensitive educational interventions to promote financial inclusion.