Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://hdl.handle.net/123456789/10287| Título: | CONVERSÃO DE FURFURAL A ÁLCOOL FURFURÍLICO VIA HIDROGENAÇÃO CATALÍTICA POR TRANSFERÊNCIA EM FASE LÍQUIDA |
| Título(s) alternativo(s): | Conversion of furfural to furfuryl alcohol via catalytic liquid-phase transfer hydrogenation |
| Autor(es): | CUNHA, Aline de Meneses |
| Palavras-chave: | Furfural; Álcool furfurílico; Reação MPV; Argila; Aspen Plus Furfural; Furfuryl alcohol; MPV reaction; Clay; Aspen Plus |
| Data do documento: | 30-Jul-2025 |
| Editor: | UFMA |
| Resumo: | Diante da urgência em mitigar a crise climática e fomentar a economia circular bio-baseada, este trabalho investigou a conversão de furfural em álcool furfurílico (FuOH) por meio da reação de Meerwein–Ponndorf–Verley (MPV) em fase líquida. O estudo combinou experimentação laboratorial com simulações computacionais no simulador Aspen Plus, visando avaliar a viabilidade do processo e elucidar os fatores limitantes envolvidos. Como catalisador, foi utilizada argila maranhense previamente submetida a tratamentos de ativação ácida e básica, seguidos de calcinação. Os experimentos foram conduzidos a 120 °C por 1 h, utilizando uma razão molar furfural/isopropanol de 1:2, com 1,5 mL de furfural, 3 mL de isopropanol e 1,5 g de catalisador. Os resultados foram comparados ao desempenho do óxido de zircônio (ZrO₂), que também foi utilizado como catalisador nos ensaios de bancada. As análises por GC–MS revelaram que a argila proporcionou 45,1 % de conversão de furfural, sem formação de FuOH, principal produto de interesse, mas com predominância de oligômeros e produtos de transesterificação. Já o ZrO₂ apresentou conversão de 8,2 %, com perfil de subprodutos mais limpo, porém também sem geração de FuOH. Esses dados evidenciam que taxas de conversão isoladas não explicam os mecanismos moleculares envolvidos: a acidez moderada da argila favorece reações de condensação e oligomerização, enquanto o ZrO₂, apresenta sítios ácidos mais dispersos nessa conversão e induz processos de etoxilação e ciclização, ambos desviando da rota MPV. Considerando a ausência de FuOH nos produtos, foram realizadas simulações termodinâmicas em um reator RGIBBS, equipamento que simula a reação no equilíbrio termodinâmico de fases e químico, que confirmaram a baixa viabilidade do processo sob equilíbrio, indicando produção insignificante do álcool. Buscando alternativas, simulou-se um reator CSTR (do inglês Continuous Stirred Tank Reactor, modelo contínuo ideal com mistura completa) sob condições otimizadas (20 bar, 180 °C), utilizando o modelo termodinâmico NRTL (Non-Random Two-Liquid, considera interações não ideais entre os componentes da mistura). Nessas condições, com razão furfural/isopropanol 1:1 a 133,3 °C e 50 kg de catalisador (ρcat = 1500 kg/m³), obtiveram-se conversão de 99,86 % e seletividade de 99,82 % para FuOH. Quando testadas novamente no RGIBBS, essas condições mostraram que apenas com a introdução de barreiras cinéticas e controle de difusão, o produto permanece estável em níveis significativos, sendo utilizadas equações do tipo power law e todas as reações com ordem zero. Conclui-se, portanto, que a formação de FuOH pela rota MPV não é termodinamicamente favorecida, inexistindo uma janela operacional espontânea para sua síntese. Assim, o uso de catalisadores eficazes é fundamental para direcionar vias reacionais mais seletivas. Embora o FuOH não tenha sido formado, os produtos obtidos apresentam potencial em aplicações industriais, como fragrâncias, aditivos e solventes verdes. As argilas maranhenses se mostram promissoras como catalisadores, mas ainda requerem otimizações para viabilização prática do processo. |
| Descrição: | In view of the urgent need to mitigate the climate crisis and promote a bio-based circular economy, this study investigated the conversion of furfural into furfuryl alcohol (FuOH) using the Meerwein-Ponndorf-Verley (MPV) reaction in liquid phase. The study combined laboratory experimentation with computer simulations in the Aspen Plus simulator, with the aim of assessing the feasibility of the process and elucidating the limiting factors involved. Maranhão clay previously subjected to acid and basic activation treatments, followed by calcination, was used as the catalyst. The experiments were conducted at 120 °C for 1 h, using a furfural/isopropanol molar ratio of 1:2, with 1.5 mL of furfural, 3 mL of isopropanol and 1.5 g of catalyst. The results were compared to the performance of zirconium oxide (ZrO₂), which was also used as a catalyst in the bench tests. GC-MS analysis revealed that the clay provided 45.1 % conversion of furfural, without the formation of FuOH, the main product of interest, but with a predominance of oligomers and transesterification products. ZrO₂, on the other hand, showed conversion of 8.2 %, with a cleaner by-product profile, but also without FuOH generation. These data show that isolated conversion rates do not explain the molecular mechanisms involved: the moderate acidity of the clay favours condensation and oligomerization reactions, while ZrO₂ has more dispersed acid sites in this conversion and induces ethoxylation and cyclization processes, both of which deviate from the MPV route. Considering the absence of FuOH in the products, thermodynamic simulations were carried out in a RGIBBS reactor, equipment that simulates the reaction in thermodynamic and chemical phase equilibrium, which confirmed the low viability of the process under equilibrium, indicating insignificant alcohol production. Looking for alternatives, a CSTR (Continuous Stirred Tank Reactor, ideal continuous model with complete mixing) was simulated under optimized conditions (20 bar, 180 °C), using the NRTL (Non-Random Two-Liquid, considers non-ideal interactions between the components of the mixture) thermodynamic model. Under these conditions, with a furfural/isopropanol ratio of 1:1 at 133.3 °C and 50 kg of catalyst (ρcat = 1500 kg/m³), conversion of 99.86 % and selectivity of 99.82 % were obtained for FuOH. When tested again in RGIBBS, these conditions showed that only with the introduction of kinetic barriers and diffusion control does the product remain stable at significant levels, using power law equations and all reactions with zero order. It is therefore concluded that the formation of FuOH by the MPV route is not thermodynamically favored, and there is no spontaneous operational window for its synthesis. Thus, the use of effective catalysts is essential to direct more selective reaction routes. Although FuOH was not formed, the products obtained have potential in industrial applications such as fragrances, additives and green solvents. The clays from Maranhão show promise as catalysts, but still require optimization to make the process practically viable. |
| URI: | http://hdl.handle.net/123456789/10287 |
| Aparece nas coleções: | TCC de Graduação em Engenharia Química do Campus do Bacanga |
Arquivos associados a este item:
| Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
|---|---|---|---|---|
| ALINE DE MENESES CUNHA.pdf | TCC de Graduação | 2,82 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.