HEGEL E A ARTE: nascimento, finitude e atualização

Abstract

O presente trabalho tem por objetivo discutir reflexões acerca da relação necessária entre arte, história e verdade. Tendo como problema nuclear o anúncio hegeliano do “Fim da Arte” e a necessidade de repensarmos a atualidade do belo na contemporaneidade, para fins propedêuticos, está dividido em três grandes instantes. O primeiro capítulo demonstra a fundamentação do Idealismo Alemão, oferecendo ainda um plano geral do sistema hegeliano e rastreando a localização interna do objeto de estudo central do presente trabalho, a saber, a arte. O segundo capítulo investiga o desenvolvimento da arte enquanto realização efetiva da razão, desde uma perspectiva hegeliana, culminando em seguida na análise das Formas de arte (simbólica, clássica e romântica), e por fim, demonstrando como cada uma das artes particulares (arquitetura, escultura, pintura, música e poesia) se relaciona com suas respectivas formas e contextos históricos. O terceiro e último capítulo analisa a questão do “Fim da Arte” em G. W. F. Hegel, e ilustra o seu legado a partir de alguns horizontes, a saber, Walter Benjamin e Hans-Georg Gadamer. Em suma, o presente trabalho demonstra a necessidade que surge em expressarmos a verdade existente em nossas criações eminentemente humanas, em um mundo cada vez mais dominado pelo prosaico, quando a atualização do Belo se torna urgente.