Intersubjetividade em leitura filosófica, segundo Cossuta

Abstract

A leitura filosófica exige elementos constitutivos de um processo de pensamento, que inicia com a leitura, onde se incluem as funções referenciais dos sujeitos, envoltos neste cenário enunciativo e discursivo a partir da linguagem. A obra filosófica sob suas diversas formas de apresentação possui uma estrutura formal em si, uma referência enunciativa, que se engendra e se desfaz, requerendo ação participadora dos falantes e, por conseguinte implica em subjetividade neste cenário. A cena filosófica unifica as posições enunciativas, na medida em que constrói e reconstrói a discussão filosófica nesse conjunto de representações. O conjunto dos enunciadores refere-se ao autor-locutor neste processo de unificação textual. É neste sentido que se compreende um plano de interioridade discursiva facilitado pelas referências enunciativas, sob formas de espaço interior da consciência e tudo que diz respeito a verdade e sua “efetuação” na linguagem; O espaço objetivo da conceitualidade as funções didáticas e pedagógicas. Frédéric Cossutta propõe como em um método, utilizar-se dos elementos semânticos e estruturais, sem dispensar o caráter pedagógico, conduzir o leitor a um trabalho de análise e investigação do sentido, o método contribuirá certamente para preparar o trabalho de interpretação. Buscamos identificar recursos metodológicos que auxilie o leitor neste contexto da dimensão semântica e a reconstrução constante da filosofia, bem como a relação de intersubjetividade implícita nesta ação.