Potencial fitotóxico do babaçu e da carnaúba sobre a germinação e desenvolvimento de plântulas de soja

Abstract

As plantas produzem substâncias químicas conhecidas como aleloquímicos que 12 quando liberadas no ambiente podem desencadear efeitos benéficos ou maléficos em outros 13 vegetais, esse fenômeno natural é denominado alelopatia e é investigado na busca de novos 14 bioerbicida e agroquímicos menos poluentes. Nesse sentido, avaliou-se o potencial 15 fitotóxico das frações obtidas a partir dos extratos de folhas de Copernicia prunifera e 16 Attalea speciosa sobre a germinação e desenvolvimento de plântulas de Glycine max. A 17 partir das frações obtidas foram preparadas soluções nas seguintes concentrações: 1,25%; 18 2,50%; 5,00%; 10,00% e 20,00%, as quais foram utilizadas nos bioensaios para avaliação 19 do índice de velocidade de germinação (IVG), percentual de inibição de germinação (%IG), 20 inibição do crescimento do hipocótilo e da radícula (%IC), massa fresca e massa seca de 21 plântulas de Glycine max. Com os dados obtidos verificou-se que a fração orgânica 22 apresentou fitototoxicidade em relação ao IVG com valores de 23,5% e 42%, 23 respectivamente para o babaçu e carnaúba considerando a maior concentração. Observou-se 24 também inibição de 53,47% no crescimento de hipocótilo e 84,42% no crescimento da 25 radícula considerando respectivamente a fração orgânica de carnaúba e a fração aquosa 26 obtida do babaçu na concentração de 20%. Para as variáveis, massa fresca e massa seca 27 houve diferença significativa considerando a maior concentração da fração aquosa de 28 carnaúba e a fração orgânica de babaçu. Este estudo comprova a fitotoxicidade das espécies 29 Copernicia prunifera (Miller) H. E. Moore e Attalea speciosa Mart. e evidencia resultados 30 promissores que podem servir como subsídio para pesquisas relacionadas à produção de 31 bioerbicidas.