EFEITO DA TEMPERATURA AMBIENTE SOBRE O PESO RELATIVO DOS ÓRGÃOS E TEMPERATURAS CORPORAIS DE CODORNAS DE CORTE AOS 28 E 42 DIAS DE IDADE

Abstract

Objetivou-se avaliar o efeito da temperatura ambiente sobre o peso relativo dos órgãos e temperaturas corporais de codornas de corte aos 28 e 42 dias de idade. Foram utilizadas 450 codornas (Coturnix coturnix coturnix), distribuídas aleatoriamente em gaiolas em duas salas de alvenaria com janelas laterais, sendo uma delas contendo um condicionador de ar. O delineamento foi inteiramente casualizado (DIC), com três tratamentos, que consistiram em: 26AL (26°C alimentação Ad libitum); 32AL (32°C alimentação Ad libitum) e 26PF (26°C alimentação controlada). No 28º e 42º dias, foram amostradas aleatoriamente duas codornas com peso próximo ao peso médio de cada unidade experimental (± 5%), que foram identificadas e mantidas em jejum alimentar por 6 horas. Foi avaliado o peso relativo das vísceras digestivas (PRVISDIG) e dos órgãos coração (PRCOR); fígado (PRFIG); moela (PRMOE) e intestino (PRINT). Para verificar o efeito da temperatura ambiente sobre as temperaturas corporais das codornas, foram mensuradas em duas aves amostradas aleatoriamente em cada parcela, as temperaturas cloacais (TC) e superficiais (cabeça, TCA; peito, TP; dorso, TD; asa, TA; e pernas, TPE), no horário das (13:00). Os dados de cada variável foram submetidos a análise de variância e comparados pelo teste (SNK) considerando-se um nível de significância de até 5%. Não foram observados efeitos do ambiente sobre (PRVISDIG, PRCOR, PRFIG e PRINT) aos 28 e aos 42 dias, com exceção do (PRMOE) aos 42 dias, que foi influenciado pelos tratamentos. Não houve efeito sobre (TC e TA) aos 28, nem sobre a TC aos 42 dias, havendo efeito sobre as (TCA, TP, TD, TPE e TSM) aos 28 e aos 42 dias. As diferentes temperaturas ambientes não prejudicaram os pesos relativos dos órgãos das aves, com exceção do (PRMOE) que reduziu no ambiente de (32ºC) aos 42 dias de idade. Apesar das temperaturas superficiais terem variado, a temperatura cloacal das aves manteve-se constante, possibilitando dessa forma, a manutenção da sua homeotermia.