Valor nutritivo e degradabilidade in situ da matéria seca de silagens de capim-elefante aditivadas com casca de vagem de feijão-comum

Abstract

Objetivou-se com o presente trabalho avaliar a composição química, o pH e a degradabilidade in situ da matéria seca de silagem de capim-Elefante aditivada com níveis de casca de vagem de feijão. O capim-Elefante foi colhido aos 60 dias idade. As cascas de vagem de feijão passaram pelo processo de secagem ao ar livre que durou 4 dias sendo expostas 12 horas por dia, totalizando 48 horas. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com cinco tratamentos e cinco repetições (0; 1; 3; 5 e 7% na MN), totalizando 25 silos experimentais, a abertura dos silos ocorreu 60 dias após a confecção das silagens. As amostras das silagens e do material antes da ensilagem foram levadas para o laboratório de Forragicultura para análise da composição química MS, PB, FDN, HEM, FDA, CEL, LIG e cinzas. Para a variável pH, não houve efeito entre as silagens avaliadas (P>0,05), a média de pH das silagens foi de 3,8. Para a variável MS houve efeito linear crescente (P <0,05), onde a cada 1% de adição da casca de vagem de feijão conseguiu-se elevar o teor de MS em 0,91 pontos percentuais. Para os teores de FDN pela análise de regressão observou-se um comportamento quadrático, onde o menor teor de FDN obtido foi de 62,99%, com a inclusão de 7% de casca de vagem de feijão. Para as variáveis: (HEM, FDA, CEL e LIG) não foram influenciados (P> 0,05) pela inclusão da casca de vagem de feijão. Para a variável cinzas houve efeito linear decrescente (P< 0,05), onde a cada 1% de adição de casca de vagem de feijão reduziu o teor de cinzas em 0,11 pontos percentuais. Para os parâmetros de degradabilidade in situ da matéria seca, observou-se que para a fração solúvel (a) as silagens com as inclusões 1, 5 e 7% foram maiores em relação às inclusões 0 e 3 %. A taxa de degradação (c) das silagens com as inclusões 1 e 3% foi de 1,35 e 1,28%/h, respectivamente, sendo menor em relação as inclusões 0, 5 e 7%. A degradação potencial (A) das silagens com as inclusões 1, 3, 5, e 7% foram as maiores em relação à inclusão 0%. Para a degradabilidade efetiva (DE), as silagens com as inclusões 0 e 3% apresentaram as menores taxas de degradação efetiva para as três taxas de passagem (2, 5 e 8%/h), as melhores taxas de degradação foram obtidas nos níveis de inclusão 1, 5 e 7% , sendo que a inclusão de 7% foi superior as demais. A casca de vagem de feijão adicionada a ensilagem nas inclusões 5 e 7% apresentaram os melhores desempenhos.