Engajamento das escolas da rede pública de São Luís na adesão à vacina contra o papiloma vírus humano

Abstract

Introdução: O Papiloma Vírus Humano é apontado como o principal agente etiológico do câncer de colo de útero. O contágio ocorre, sobretudo, pela via sexual. O esquema vacinal vigente, no Brasil, constitui-se de duas doses da vacina quadrivalente ofertadas, gratuitamente, para meninas de 9 a 13 anos e meninos de 11 a 15 anos. Objetivo: Investigar a participação das escolas da rede pública de ensino do município de São Luís no processo de adesão à vacinação contra o HPV. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo, realizado em 5 escolas municipais e no Colégio Universitário. Foram entrevistados os gestores e aplicado o questionário composto por 15 questões objetivas que buscaram identificar fatores facilitadores e impeditivos para a adesão à vacinação. Após descrição das variáveis por frequência simples e porcentagem, os resultados foram calculados com um intervalo de confiança de 95%. Resultados: Metade das escolas pesquisadas dispõe de espaço físico; 66,67% disponibilizam materiais educativos aos alunos; 50% realizam ações direcionadas aos pais, com maior ocorrência as palestras (66,67%); 66,67% não possuem programa de saúde na escola; apesar de 83,33% relatarem parcerias com as unidades básicas de saúde; 83,33% promovem palestras sobre IST; 100% abordam a sexualidade, 66,67% referem preparo dos professores e 33,33% relatos de resistência à vacinação. Conclusão: A participação das escolas na adesão à vacina HPV ainda se manifesta de forma incipiente, necessitando de intervenções de acordo com as especificidades da cada realidade. O desconhecimento acerca da infecção provocada pelo HPV e da existência das vacinas influenciam o comportamento de adesão.