Vacinação contra o papiloma vírus humano: conhecimento e adesão de alunas de escolas da rede pública de ensino em São Luís – Maranhão.

Abstract

Introdução: O câncer de colo de útero é o terceiro tipo de câncer mais frequente que acomete a população feminina e a quarta maior causa de morte no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Com o intuito de diminuir a incidência de câncer de colo de útero, iniciou-se em 2014 na rede pública de saúde a vacinação contra o HPV. Entretanto observou-se que a meta para a cobertura vacinal que era de 80% não foi alcançada nos anos anteriores. Objetivo: Investigar o conhecimento e a adesão à vacina contra HPV de meninas de escolas da rede pública do município de São Luís/MA. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório descritivo com abordagem quantitativa, realizado em duas escolas públicas de São Luís. Foram entrevistadas 79 adolescentes de 12 a 13 anos do sexo feminino. O questionário utilizado era composto por 27 questões, que investigavam a condição socioeconômica, dados vacinais, conhecimento sobre a vacina e sobre o HPV e foram retirados dados direto das cadernetas de vacina. Realizada a descrição das variáveis por frequência simples e porcentagem. Resultados: Em relação ao conhecimento sobre o HPV, 81,01% adolescentes responderam saber o que era HPV e 92,41% relataram saber a importância da vacinação. Quando questionados sobre a principal forma de transmissão e sobre para o que servia a vacina HPV 84,81% referiu a transmissão pela relação sexual e 69,62% relataram que a importância da vacina seria para evitar o câncer de colo de útero, sendo que os demais responderam que era pra evitar o vírus, proteger contra o câncer de mama e contra o Zika. Em relação à adesão, segundo dados obtidos na caderneta, foi de 59,49% e segundo o questionário a adesão foi de 89,87%. Conclusão: O conhecimento sobre a vacina e o HPV das alunas investigadas ainda é incipiente e com pouca fundamentação científica. Quanto à adesão a vacina ficou evidente que não houve uma boa cobertura segundo dados retirados das cadernetas. Sugere-se uma maior interação entre a equipe de saúde, escolas e até mesmo com a Universidade com intuito de elevar o conhecimento da polução e consequentemente aumentar a adesão à vacina.