Distribuição espacial de cobertura pré-natal em São Luís/MA

Abstract

O indicador de cobertura pré-natal contribui na análise das condições de acesso e qualidade da assistência pré-natal, em associação com outros indicadores, tais como a mortalidade materna e infantil, além de subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas e ações de saúde voltadas para a atenção pré-natal, o parto e a atenção à saúde da criança. O objetivo deste estudo foi investigar diferenças intraurbanas na distribuição espacial da cobertura pré-natal materna em São Luís, Maranhão. O estudo proposto é do tipo ecológico com amostra de 376 mães de nascidos vivos em 2014. A coleta de dados ocorreu em janeiro de 2017, por meio do Sistema de Informação de Nascidos Vivos, fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde de São Luís, Maranhão. A análise descritiva dos dados foi realizada no Programa Epi-Info versão 7.1.3.0. Foram obtidos padrões de densidade espaciais por meio de análise estatística espacial, segundo a técnica de alisamento Kernel pelo programa TerraView versão 4.2.2. Os resultados revelaram que 82,98% das mulheres eram adultas e jovens adultas, 57,72% eram pardas, 69,67% eram casadas/união estável e 75,27% possuíam mais de 9 anos de estudo. Sobre o atendimento à gestante, 58,51% das mães realizaram 6 ou mais consultas pré-natais. O nascimento pré-termo (17,29%) foi aproximadamente duas vezes maior que os pós-termos (9,31%). Em se tratando da perda fetal/aborto, 20,74% das mulheres tiveram pelo menos uma perda fetal/aborto. A cobertura pré-natal suficiente apresentou áreas com maior concentração nos distritos sanitários do Tirirical e Cohab, e a cobertura pré-natal insuficiente ocorreu em maior concentração no distrito Coroadinho. Portanto, a densidade espacial das consultas pré-natais se mostrou um importante indicador básico da cobertura pré-natal nos distritos de São Luís. Essa cobertura pré-natal revelou-se desigual nos distritos, devido as barreiras de acesso e a má distribuição demográfica dos serviços de saúde. Portanto, há uma necessidade de investimentos em programas de saúde para assegurar a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do cuidado pré-natal.