O enfermeiro no exercício de uma profissão predominantemente feminina: uma revisão integrativa

Abstract

Ainda hoje a enfermagem é uma profissão predominantemente feminina, talvez, como reflexo da condição sociocultural que a mesma tem carregado através dos séculos. Mas o homem vem se inserindo dentro da profissão em um número que, embora pequeno, vem aumentado a cada ano. Por ser minoria em um universo predominantemente feminino, supõe-se que o mesmo tem enfrentado certas dificuldades atreladas à sua opção pela enfermagem. Este estudo tem por objetivo analisar as produções científicas disponíveis na literatura que tratam da atuação do enfermeiro em meio a uma profissão predominantemente exercida por mulheres. Foi realizada uma revisão integrativa de trabalhos publicados entre 2005 a 2017 nos bancos de dados BDENF, LILACS, SciELO e Google Acadêmico, utilizando-se os seguintes descritores: “enfermagem”, “enfermeiros”, “identidade de gênero” e “prática profissional”. Obteve-se 11 publicações, as quais foram organizadas em uma tabulação composta por título, autor, ano, periódico de publicação, resultados e conclusão. Os resultados mostraram tanto pontos positivos quanto negativos do ser enfermeiro em uma profissão predominantemente feminina. Os enfermeiros enfrentam preconceitos ligados à sexualidade e a outras situações que dificultam a sua inserção em determinadas áreas dentro da profissão. Evidenciou-se também, que, devido ao gênero masculino carregar historicamente uma certa hegemonia de poder nas relações de gênero, o mesmo também foi favorecido por estar em um contexto majoritariamente exercido por mulheres. Os enfermeiros em sua maioria se mostraram satisfeitos pela sua opção pela enfermagem. As publicações ainda são escassas relacionadas a este assunto, cuja problemática precisa ser minimizada a cada dia. Sugere-se que mais estudos sejam realizados trazendo um proveito tanto para o enfermeiro quanto para a enfermagem.