O ensino na comunidade Saco das Almas: um estudo sobre o desenvolvimento da educação básica

Abstract

O presente artigo pretende apresentar como se desenvolve o processo educativo no contexto quilombola especificadamente no Estado do Maranhão Brasil, na comunidades quilombola Saco das Almas (Brejo-MA). Assim, pretende-se discorrer sobre as políticas educacionais que estão sendo desenvolvidas para uma educação escolar de qualidade destas comunidades, bem como se os objetivos escolares estão sendo alcançados, estes que envolvem uma gama de elementos, tais como: a política curricular, a formação dos professores, a gestão administrativa e pedagógica. Como metodologia será desenvolvida a pesquisa etnográfica, aplicação de questionário semiestruturado. O objetivo principal desta pesquisa é resgatar a história, os costumes os valores, a posição social e a cultura da comunidade quilombola em análise, observando acuradamente se a escola está cumprindo seu papel de valorizar as especificidades; formar cidadãos capazes de exercerem a cidadania e dessa forma estabelecerem uma melhor qualidade de vida. Os quilombos no Brasil existem desde o século XVI em forma de comunidades que são uma demonstração de resistência sócio-política e cultural. A maioria das comunidades está situada em áreas de difícil acesso, muita ainda sem energia elétrica, água tratada ou acesso à política básica como educação, saúde, transporte. A educação quilombola é compreendida como um processo amplo_ que inclui a família, a convivência com os outros, as relações de trabalhos e com o sagrado e as vivências nas escolas. Como fundamentação teórica será utilizada os trabalhos de Moura (2007) Plano Nacional Educacional. Parâmetros Curriculares Nacionais (2011). CNE (2004) Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas deve ser reconhecida e valorizada sua diversidade cultural, garantindo aos estudantes o direito de se apropriar dos conhecimentos tradicionais e das suas formas de produção de modo a contribuir para o seu reconhecimento, valorização e continuidade. No Brasil, segundo dados da Fundação Cultural Palmares, existem 2.024 comunidades certificadas e 207 tituladas.