“É um jogo em que só jogam dois”: representações de gênero e poder em dôra, doralina de Rachel de Queiroz.

Abstract

O advento da história das mulheres trouxe inúmeros debates e indagações à historiografia, principalmente no que se refere às representações de gênero e poder. Nesta monografia, traçam-se os perfis femininos e masculinos da obra Dôra, Doralina de Rachel de Queiroz, notável escritora do Modernismo no Brasil, que em seus romances, retrata suas protagonistas como transgressoras, recusando as funções tradicionais que limitavam as mulheres em ambientes domésticos. Dôra não é exceção e no romance estudado são representados os caminhos que ela trilha para conseguir sua independência, longe da dominação masculina e longe dos costumes patriarcais que algumas mulheres reproduziam. Buscando compreender essas relações entre gênero e poder analisa-se os papeis construídos ao longo da história para homens e mulheres, promovendo a expansão desses estudos, além de evidenciar que as mulheres são sujeitos ativos, seus nomes e suas funções desenvolvidas são fatos da história e não devem ser estudados de forma isolada.