A "ausência" da cor dos alunos no Lyceo do Maranhão (1871-1889)

Abstract

A escravidão da segunda metade do século XIX ainda demonstrava envergadura no Brasil, uma vez que é a vida do africano escravizado e seus descendentes, bem como do negro liberto ou forro frente a entraves no gozo de alguns privilégios que apresentava restritos aos senhores e seus filhos dentre eles o acesso à instrução. Na historiografia da história da educação tornou escrita comum que negro do século XIX pouco transitou pelas instituições escolares deste período, esse pensamento vem sendo relativizado a partir dos novos estudos que tem levantado hipóteses sobre a presença do negro nessas instituições como tem revelado a documentação escolar – as listas de matriculas escolar cortejadas com outras documentações com intuito de mapear essa presença na instrução primária do século XIX. Tomando o documento escolar como fonte o objetivo de estudo é problematizar a cor na documentação escolar do Lyceo do Maranhão, uma vez que não encontramos nenhum trabalho com esse recorte, cor e instrução secundaria, na produção acadêmica sobre a temática do ensino secundário, no contexto do Maranhão oitocentista.