Adubação foliar de manganês na cultura da soja no cerrado maranhense.

Abstract

A aplicação de manganês tem se tornado cada vez mais importante para a manutenção da produtividade nas culturas, pois trata-se de um elemento essencial que desempenha diversos papéis fisiológicos nas plantas, sendo um importante ativador enzimático em diversas vias metabólicas. Com o presente trabalho objetivou-se avaliar a influência da aplicação foliar de manganês nos componentes de produção da cultura da soja no cerrado maranhense. O experimento foi realizado entre os meses de dezembro (2016) a junho (2017), na fazenda Boa Esperança, no município de São Benedito do Rio Preto (MA). Os tratamentos constituíram-se de cinco doses de Mn (0, 90, 180, 270 e 360 ml.ha-1), aplicadas em três estágios fenológicos (V5, R1 e R5). O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, com treze repetições e uma cultivar de soja (FTS Paragominas RR). Os componentes de produção avaliados foram: número vagens por planta (NVP), número de sementes por planta (NSP), peso de mil sementes (PMS; em gramas) e produtividade (kg.ha-1). Os dados foram submetidos a análise multivariada, bem como a análise de variância, e suas médias comparadas pelo teste LSD de Fisher à 5% de significância. Para os componentes de produção NVP e NSP as dosagens de 180 ml.ha-1 e 90 ml.ha-1 foram responsáveis pelos maiores rendimentos (60,54 e 57,15 para NVP; 132,46 e 127,46 para NSP, respectivamente). Já para o componente PMS, a dosagem de 360 ml.ha-1 obteve o melhor resultado (132,56 gramas). A aplicação foliar de foliar de manganês proporcionou um aumento na produtividade da soja, sendo a dosagem de 360 ml.ha-1 (T4), a responsável pelo maior rendimento médio da cultura (3.052,27 kg.ha-1). Com as condições descritas no experimento, foi constatado que a aplicação foliar de doses crescentes de manganês proporcionaram um aumento na produtividade da cultivar de soja FTS Paragominas RR, sendo a dosagem de 360 ml.ha-1 a melhor aplicada. Entretanto, há uma necessidade de realizar-se estudos posteriores que verifiquem a viabilidade econômica da aplicação da dosagem mais efetiva (360 ml.ha-1) na cultura da soja.