ADOÇÃO DE CRIANÇAS PORTADORAS DE HIV: as interfaces do processo na vivência em sociedade e abrigos.

Abstract

O objetivo da pesquisa foi compreender as interfaces da adoção de crianças portadoras do vírus HIV, a partir de suas vivências na sociedade e nos abrigos. Foi feito um percurso observando desde como o processo se configura e alguns aspectos da adoção no Brasil, conhecendo algumas leis que regem tal procedimento no país. Foi percebida a necessidade de conhecer o trabalho do psicólogo jurídico neste processo e de que maneira auxilia nestes casos. Buscou-se compreender um pouco sobre a expectativa dos pretendentes a adoção e a realidade com a qual se deparam, pois isto se configura em um dos empecilhos que dificultam a adoção de crianças nestas condições. Percebeu-se durante a pesquisa a existência de um estigma na vida dessas crianças que acabam sofrendo com as consequências da doença, gerando mais dificuldades em relação à doença, pois além dos cuidados com a saúde, elas sofrem discriminação e, algumas vezes, são colocadas a margem da sociedade. Outro fator importante foi com respeito à vivência destas crianças no abrigo, observando como suas relações são estabelecidas dentro da instituição e também os malefícios, pois, na maioria das vezes, passam um longo tempo de suas vidas nestes locais e isto pode acarretar em prejuízos para as mesmas.