Produção de melancia sob doses de boro em solo com e sem calagem

Abstract

A baixa concentração de boro no solo de regiões do bioma cerrado é um dos principais desafios para o cultivo da melancia, associado ao fator de que as doses empregadas no solo são baseadas em conhecimento empírico, acarretando impactos negativos pelo surgimento da podridão apical ou devido a toxidez por boro respectivamente em razão da estreita faixa entre o nível adequado e tóxico. Nessa perspectiva, objetivou-se avaliar o efeito de doses de boro sobre a produção de melancia, em solo com e sem calagem. O experimento foi desenvolvido em Latossolo amarelo distrófico no município de Chapadinha, MA, (Brasil), em um delineamento de blocos ao acaso em parcelas subdividas: parcelas (i) calagem ou sem calagem e subparcelas: (ii) doses de boro (0, 1, 2 e 2,5 g.cova-1), com oito tratamentos e cinco repetições. Os dados foram explorados por analise de regressão, sendo o ponto de máxima da equação estimado igualando-se a primeira derivada da equação a zero. Avaliou-se o diâmetro (DF), comprimento (CF), peso (PF), total de frutos comerciais (TFcom), espessura da casca (EC), percentual de frutos com podridão apical (%Fcpa), frutos comerciais (%Fcom), flores femininas (%FF), sólidos solúveis totais (SST), produtividade (PROD) e rentabilidade. O modelo polinomial quadrático proporcionou excelentes ajustes (R²: 0,77 a 0,99). A adubação borácica promove o maior %FF, menor %Fcpa em baixas concentrações do elemento, e quando associada a calagem resulta em um maior %Fcom, maior PROD e rentabilidade. Portanto, recomenda-se o emprego de dose na faixa de 1 a 2 g.cova-1, de boro quando se eleva a saturação de bases para 70%.