A importância do sistema único de saúde na atenção ao transexual

Abstract

INTRODUÇÃO: A transexualidade é a inadequação psicológica ao sexo somático. É um grupo heterogêneo formado por indivíduos que por diversas vezes se encontram em situações de fragilidade devido ao heterossexismo. O artigo tem como objetivo analisar a literatura existente e refletir sobre o porquê do preconceito contra o transexual e os caminhos que a atenção à saúde deve trilhar para melhor acolher e compreender as peculiaridades desse grupo. DESENVOLVIMENTO: O discurso médico no século XIX determina transexualidade como uma patologia psiquiátrica, que é reforçada pelos Manuais de Doenças atuais. Esse fato faz crescer o preconceito na sociedade e o receio do transexual em buscar auxílio médico para tratar suas angústias. O movimento Transgênero surge com pautas como a luta contra a discriminação e para a despatologização da identidade trans. O Ministério da Saúde lançou o Processo Transexualizador do Sistema Único de Saúde, que define normas para atendimento ambulatorial e cirurgias de mudança de sexo. Apesar destes programas governamentais, o preconceito e desrespeito ainda permanece nos centros de saúde. CONCLUSÃO: É evidente que ainda há muitos desafios para o melhor atendimento ao transexual. Os profissionais de saúde devem ter conhecimento sobre as peculiaridades desse grupo desde a formação, e é necessário capacitar as equipes de saúde para o melhor atendimento, além de os oferecer orientações clínicas para ajudar transgêneros com caminhos seguros e eficazes para alcançar um conforto pessoal duradouro, a fim de maximizar sua saúde geral, bem-estar psicológico e auto realização.