Avaliação da ingestão alimentar de sódio em crianças entre 15 a 32 meses em São Luís – coorte brisa

Abstract

Objetivos: Objetivou-se avaliar a ingestão de sódio e verificar sua associação com características sociodemográficas e econômicas das crianças estudadas e de suas famílias. Métodos: Trata-se de um recorte transversal aninhado à uma coorte com crianças entre 15 e 32 meses avaliadas entre 2011 e 2013. Um questionário e um inquérito alimentar recordatório de 24h foram aplicados em uma amostra final de 986 crianças. As análises foram realizadas por meio do programa estatístico STATA ® (versão 12.0). O ajuste da variabilidade intrapessoal e interpessoal foi realizada através do programa The Multiple Source Method® (versão 1.0.1). A avaliação da ingestão de sódio foi conduzida em relação ao Nível de Ingestão Máximo Tolerável (UL) para consumo humano. Resultados: A maioria das crianças era do sexo feminino e de cor parda. Em relação às mães, a maioria eram adultas, possuíam ensino fundamental e/ou ensino médio e encontravam-se em união consensual. Foi encontrada uma média de ingestão de sódio de 1033 ± 405 mg. Em 10% das crianças houve consumo superior à UL, que corresponde a 1500mg. Na análise da distribuição do consumo por características das díades verificou-se que a categoria “ter companheiro”, na variável situação conjugal, associou-se a níveis menos elevados de ingestão desse íon. Conclusão: Os resultados do presente estudo apontam a presença de uma ingesta de sódio extremamente alta já nos primeiros anos de vida, o que pode predispor ao aparecimento de doenças crônicas, com impacto na morbimortalidade e qualidade de vida dessas crianças.