Asma e gravidez: uma revisão de literatura

Abstract

Introdução: A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores, com hiperresponsividade destas, caracterizada por recorrência de sibilos, dispneia, opressão torácica e tosse. É a doença respiratória mais comum na gestação, sendo esta fase considerada uma situação especial no tratamento da asma. Objetivos: Revisar os principais aspectos da relação entre asma e gravidez presentes na literatura médica. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, com consulta às bases de dados PubMed e Scielo, complementada por outras fontes de referência. Resultados e discussão: O prognóstico da asma na gestação é incerto: um terço das asmáticas piora, um terço melhora e outro terço não muda o grau de controle. Apesar de nenhuma das medicações mais comuns no tratamento ser completamente segura na gestação, uma asma mal controlada é mais danosa ao binômio mãe-feto do que possíveis efeitos adversos das medicações. O tratamento da asma entre gestantes pouco difere de não gestantes tanto em sua esfera de controle quanto em exacerbações. Durante estas, porém, a gestante necessita de monitorização intensiva e manutenção da SpO2 maior ou igual a 95%. Considerações finais: O exercício da medicina exige o conhecimento de extenso campo de comorbidades e, sobretudo, das mais prevalentes. Principalmente na atuação generalista, conhecer a asma deve agregar as nuances de diagnóstico, classificação e tratamento, inclusive nas situações especiais, como a gravidez. Assim como até hoje, a relação entre asma e gravidez merece ser continuamente esclarecida visando o bem estar das pacientes nas quais há intersecção entre estas condições.