DEPRESSÃO, AUTO EFICÁCIA E QUALIDADE DE VIDA NO FINAL DA VIDA DE MULHERES COM DIAGNÓSTICO AVANÇADO DE CÂNCER.

Abstract

Introdução: O final da vida de pacientes com câncer pode ser, não apenas sofrido, mas também com grande impacto na Qualidade de Vida (QV). Há uma lacuna no conhecimento de quais fatores são relevantes e como podem ser manejados pela equipe de saúde que lida com doentes crônicos. Objetivo: Avaliar depressão, auto eficácia e QV no final da vida de mulheres com câncer avançado de mama e/ou colo uterino. Metodologia: Estudo prospectivo, no qual foram aplicados, no início do estudo, questionários a 50 pacientes com câncer de mama e/ou colo uterino, escala de depressão de Beck e de auto eficácia. Após o óbito das pacientes, entrevistou-se o cuidador fixo sobre a qualidade de vida das pacientes nas últimas semanas de vida. Resultados: Observou-se auto eficácia baixa em quase metade das pacientes e depressão em mais de 90%. Nos últimos dias de vida, houve um nível de estresse físico alto, 33,33% das pacientes foram internadas em unidades de terapia intensiva (UTI), 77,08% com ventilação mecânica, 66,67% sofreram cuidados agressivos cirúrgicos e 64,58% foram a óbito em ambiente hospitalar. Houve correlação positiva entre tempo de internação, tempo em UTI e depressão com nível de preocupação e estresse. O tempo de internação em UTI obteve correlação inversa, forte e significativa com auto eficácia. Conclusão: Observou-se baixa qualidade de vida nos últimos dias de vida, refletido por um elevado nível de preocupação e estresse físico, pior nas pacientes com baixa auto eficácia, deprimidas e com maior tempo de internação.