Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/123456789/2515
Título: Associação entre infecção pelo vírus zika em gestantes e a ocorrência de microcefalia em recémnascidos: uma meta-análise
Título(s) alternativo(s): Association between zika virus infection in and the occurrence of microcephaly in newborns: a meta-analysis
Autor(es): FALCÃO, Aline Sousa
Palavras-chave: Infecção pelo vírus Zika. Microcefalia. Gravidez. Recém-Nascido.
Zika virus infection. Microcephaly. Pregnancy. Newborn.
Data do documento: 30-Mai-2018
Editor: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Resumo: Introdução: O vírus Zika é um arbovírus, RNA de cadeia simples, do gênero flavivírus, da família flaviviridae, que foi isolado pela primeira vez em 1947, a partir do sangue de um macaco Rhesus na floresta Zika, em Uganda. No Brasil, a partir do ano de 2015 registraram-se casos de doença exantemática sem causa definida na região do Nordeste do país e posteriormente verificou-se um aumento no número de casos de microcefalia neonatal, possivelmente relacionados ao vírus Zika, que cresceu significativamente no Brasil, emergindo como um problema de saúde mundial. Objetivo: Estudar a possível associação entre infecção pelo vírus Zika em gestantes e ocorrência de microcefalia em recém-nascidos; Identificar o tamanho do efeito da infecção por vírus Zika em gestantes na ocorrência de microcefalia em recém-nascidos; Analisar a qualidade e a força das evidências sobre essa possível associação. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática seguida de metaanálise de estudos observacionais. A pesquisa foi realizada nas bases de dados bibliográficos do PubMed/Medline, Latin American and Caribbean health literature (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde - Lilacs), DeCS, MeSH, Google acadêmico. Foram incluídos todos os estudos que tinham por objetivo avaliar a associação entre vírus Zika e microcefalia, utilizando delineamento analítico (com grupo controle), em estudos transversais, caso-controle ou de coorte. Para a extração dos dados foi utilizado um formulário para tabulação das características dos estudos. O risco de viés para cada estudo foi avaliado através de um instrumento de avaliação da qualidade dos estudos específico aos estudos observacionais. Todas as análises foram realizadas usando o Review Manager, versão 5.3.5 (The Cochrane Collaboration, Copenhagen, 2014). A heterogeneidade estatística foi avaliada com base na estimativa do valor de P do teste Q de Cochran e no índice de inconsistência (I2). Forest plots (gráfico em floresta) e funnel plots (gráfico em funil) também foram avaliados. As associações foram estimadas por Risco Relativo (RR) e Diferença de Risco (DR) e respectivos intervalos de confiança a 95% (IC95%) em meta-análise de efeito randômico. Resultados: Foram identificados 155 trabalhos referentes ao tema, dos quais apenas seis preenchiam os critérios de inclusão desta meta-análise, mas apenas cinco possuíam dados individuados que puderam ser sumarizados na medida de efeito ponderada. Estimou-se que a infecção por vírus Zika na gestação aumentou em 3,26 vezes o risco de microcefalia em bebês (RR=3,26; IC95%: 1,68-6,33). A DR foi de 0,30 (IC95%: 0,04-0,56), indicando que 30 casos de microcefalia a cada 100 poderiam ser evitados caso não sofresse exposição à infecção por vírus Zika. Os estudos mostraram heterogeneidade (I2=76%), que diminui ao fazermos análises de subgrupo de acordo com o tamanho da amostra dos estudos. Em todas as análises a associação permanece significante. Conclusão: As evidências apontam que a infecção por vírus Zika na gestação aumenta em 226% o risco de desenvolver microcefalia congênita.
Descrição: ABSTRACT: Introduction: The Zika virus is an arbovirus, RNA flavivirus, from the flaviviridae family, which was first selected in 1947 in Uganda. In Brazil, cases of exanthematic disease without definite cause in the Northeastern region of the country occurred in 2015, and there was an increase in the number of cases of neonatal microcephaly, possibly related to the Zika virus, which increased significantly in the Brazil, emerging as a global health problem. Objective: To study the possible association between Zika virus infection in pregnant women and the occurrence of microcephaly in newborns; To identify the size of the effect of Zika virus infection in pregnant women on the occurrence of microcephaly in newborns; To analyze the quality and strength of the evidence on this possible association. Methods: A systematic review was conducted followed by meta-analysis of observational studies. The research was carried out in the bibliographic databases of PubMed / Medline, Latin American and Caribbean health literature, DeCS, MeSH, Google academic. We included all studies that aimed to evaluate the association between Zika virus and microcephaly, using an analytical design (with control group), in cross-sectional, case-control or cohort studies. For data extraction, a form was used to tabulate the characteristics of the studies. The risk of bias for each study was assessed through an instrument for assessing the quality of studies specific to observational studies. All analyzes were performed using Review Manager, version 5.3.5 (The Cochrane Collaboration, Copenhagen, 2014). Statistical heterogeneity was assessed based on the Cochran Q test P value and the inconsistency index (I2). Forest plots and funnel plots were also evaluated. The associations were estimated by Relative Risk (RR) and Risk Difference (DR) and respective 95% confidence intervals (95% CI) in a randomeffects meta-analysis. Results: A total of 155 papers were identified, of which only six met the inclusion criteria of this meta-analysis, but only five had individual data that could be summarized to the extent of a weighted effect. It was estimated that Zika virus infection during pregnancy increased 3.26 times the risk of microcephaly in infants (RR = 3.26, 95% CI: 1.68-6.33). The DR was 0.30 (95% CI: 0.04-0.56), indicating that 30 cases of microcephaly in 100 could be avoided if they were not exposed to Zika virus infection. The studies showed heterogeneity (I2 = 76%), which decreased when we performed subgroup analyzes according to the sample size of the studies. In all analyzes the association remains significant. Evidence indicates that Zika virus infection during pregnancy increases the risk of developing congenital microcephaly by 226%.
URI: http://hdl.handle.net/123456789/2515
Aparece nas coleções:TCCs de Graduação em Enfermagem do Campus do Bacanga

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