Perfil epidemiológico de gestantes atendidas no pré- natal especializado

Abstract

O desenvolvimento da gestação é marcado por mudanças físicas, psicológicas e sociais que podem afetar a qualidade de vida da mulher. Quando não evolui de forma adequada para o binômio mãe-bebê a gestação é considerada de alto risco e necessita de um atendimento especializado no pré-natal para prevenir complicações. Estudo descritivo, quantitativo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob o número 2.578.632 com objetivo de descrever o perfil epidemiológico das gestantes atendidas no pré-natal especializado de um Hospital Universitário no Maranhão. Os dados foram coletados nos meses de abril e maio de 2018 por meio de uma entrevista semiestruturada e amostra composta por 150 gestantes de alto risco que fizeram o seu acompanhamento no local da pesquisa. Os resultados obtidos demonstraram que 50% das gestantes encontravam-se na faixa etária de 26 a 35 anos, 69% se autodeclararam pardas, 45% possuíam ensino médio completo, 63% tinham renda familiar entre 1 e 2 salários mínimos, 67% eram casadas ou conviviam com seus companheiros e eram provenientes da zona urbana. No que tange aos antecedentes obstétricos, 58% possuíam pelo menos uma gestação anterior e 28% tiveram aborto espontâneo. Em relação aos aspectos clínicos evidenciou-se que 57% das gestantes iniciaram o pré-natal especializado entre 17 e 21 semanas e permaneceram em acompanhamento, de modo significativo, por elevação da pressão arterial, além da diabetes mellitus, endocrinopatias e outras comorbidades. Através deste estudo foi possível constatar que o perfil epidemiológico se assemelha ao de outros municípios brasileiros. Isto é evidenciado principalmente ao analisar as variáveis: faixa etária, escolaridade, situação conjugal e motivo do início do pré-natal de alto risco. A identificação precoce desses fatores implica na redução da mortalidade materna, que constitui um problema de saúde mundial e que possui altas taxas no Brasil.