A eficácia da vacina contra o papilomavírus humano na prevenção do câncer do colo uterino: uma revisão integrativa

Abstract

Introdução: A infecção pelo papilomavírus humano (HPV) é o principal fator risco para o desenvolvimento do câncer cervical. A vacina contra o HPV tem contribuído para a prevenção da infecção pelo vírus. Métodos: Foi realizada uma revisão integrativa em que foram avaliados ensaios clínicos randomizados, duplo-cegos, conduzidos em seres humanos, publicados entre 2007 e 2017, e que respondiam a questão da pesquisa: “Qual é a eficácia da vacina contra o HPV como ferramenta de prevenção contra o câncer cervical?”. Na identificação dos estudos pré-selecionados e selecionados, as produções literárias que contemplavam os critérios de inclusão foram selecionados pelo pesquisador e lidos na íntegra. Resultados: Entre 311 produções literárias encontradas, apenas 6 preenchiam os critérios de inclusão. Os tamanhos amostrais variam de 431 a 18.644 sujeitos, com acompanhamento mínimo de quinze meses e máximo de nove anos. Todos os estudos envolvem a eficácia da vacina contra o HPV em mulheres, com idade mínima de 15 anos e máxima de 26 anos. Um artigo envolve a vacina nonavalente (9vHPV), um aborda a quadrivalente (qHPV) e quatro abordam a bivalente (bHPV). A eficácia da bHPV variou entre 94,2% e 100% contra infecção o HPV. Já a qHPV apresentou uma eficácia de 98%, enquanto a 9vHPV conseguiu uma eficácia de 96,7%. Conclusão: As três vacinas utilizadas atualmente contra o HPV possuem uma eficácia elevada para a prevenção da infecção pelos principais subtipos do vírus em mulheres jovens. Além disso, as vacinas não alteram o curso da infecção previamente instalada, tendo baixo perfil terapêutico.