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http://hdl.handle.net/123456789/2625
Título: | Estudo da mortalidade neonatal no município de São Luís |
Título(s) alternativo(s): | Study of neonatal mortality in the municipality of São Luís |
Autor(es): | PEREIRA, Marina Uchoa Lopes |
Palavras-chave: | Mortalidade Infantil Mortalidade Neonatal Causas de Morte Narrativas Infant Mortality Causes of death Personal narratives |
Data do documento: | 16-Jun-2016 |
Editor: | UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO |
Resumo: | Apesar de as taxas de mortalidade infantil no Brasil terem tido um decréscimo significativo, o período neonatal ainda concentra o maior número de óbitos. Esta taxa, porém, é considerada sensível a ações dirigidas à qualificação da atenção prestada à mulher e ao recém-nascido. Objetivo: Analisar os óbitos neonatais do município de São Luís. Métodos: Estudo descritivo e analítico transversal, de natureza quantitativa e qualitativa. Na parte quantitativa os dados foram obtidos de todas as declarações de óbito do SIM no período de 01 Julho de 2012 a 31 de Junho de 2014 e analisados no Stata 12. Na parte qualitativa, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com as mães, e abordados acontecimentos relativos à gravidez, parto e nascimento. Realizada análise de conteúdo na modalidade temática. Resultados: Foram encontrados 410 óbitos neonatais, sendo 78,5% precoces (menos de 7 dias) e 21,5%, tardios. A taxa de mortalidade neonatal foi de 11,6/1000 nascimentos e a neonatal precoce de 9,1/1000 nascimentos. A maioria das crianças que foram a óbito era do sexo masculino (54,4%), cor parda (49,75%) e de muito baixo peso ao nascer (MBPN) (66,1%). A gravidez foi única em 88,3%, o parto vaginal aconteceu em 66,34% dos casos e apenas 10,48% eram bebês a termo (> 37sem.). A maior parte das mães trabalhava em casa (39,02%). A maior parte dos óbitos ocorreu em hospitais com UTI Neonatal (86,58%). As causas mais frequentes foram respiratórias (32,7%), sepse (25,4%), malformações (8,0%), hipoxemia (7,6%) e prematuridade extrema (4,4%). Foi encontrada associação entre raça/cor parda com óbito neonatal precoce (p=0,033). O MBPN mostrou associação limítrofe como risco para óbito precoce (p=0,059), assim como a escolaridade materna entre 8 e 11 anos (p=0,057). A escolaridade entre 1 e 3 anos se mostrou como fator de proteção para óbito precoce (p=0,019). Quanto à parte qualitativa, foram evidenciadas fragilidades na rede de atendimento durante o pré-natal e o parto. Para muitas entrevistadas, o processo de trabalho das esquipes esteve relacionado com os eventos que levaram à morte dos filhos, com ênfase na demora do atendimento. Conclusões: As associações com óbitos precoces encontradas apontam tanto para possíveis causas biológicas (MBPN) como sociais (escolaridade e cor maternas). Dificuldades organizacionais no processo de trabalho das maternidades,evidenciadas na parte qualitativa, podem estar potencializando o risco de óbito precoce. |
Descrição: | ABSTRACT Despite the infant mortality rate in Brazil having a significant decrease, the neonatal period still concentrates most number of deaths. This rate, however, is sensitive to actions directed to the qualification of the care provided to the woman and the newborn. Objective: Analyze the neonatal deaths in the city of São Luís. Methods: Descriptive and transversal analytic study. In the quantitative part the data was obtained from the death certificates from the period of July 1st 2012 to July 31st 2014 and analysed in Stata 12. In the qualitative part semi structured interviews with the mothers were made about events related to their pregnancy, labor and birth. A content analysis in the thematic model was made. Results: In this study, 410 neonatal deaths were found, being 78,5% early deaths (less than 7 days) and 21,5%, late. The mortality rate was found to be 11,6/1000 births and the early neonatal death rate, in 9,1/1000 births. Most of the kids were boys (54,4%), brown (49,75%) and had very low birth weight (VLBW) (66,1%). The pregnancy was single in 88,3%, the vaginal birth happened in 66,34% of the cases and only 10,48% were term babies (> 37sem.). The majority of the mothers worked at home (39,02%). Most of the deaths occured in hospitals with Neonatal ICU (86,58%). The most frequent causes were respiratory, (32,7%), sepsis (25,4%), malformations (8,0%), hipoxemia (7,6%) and extreme prematurity (4,4%). It was found association between brown skin color and early neonatal death (p=0,033). VLBW showed limitrophe association as a risk for early death (p=0,059), as maternal scholarity between 1 to 3 years showed itself as a protection factor to early death (p=0,019). As for the qualitative part, weaknesses in the care during prenatal and labor were found. For many interviewed the working process of the hospital workers was related to the events that took to their children’s death, such as delayed treatment. Conclusions: The associations with early death indicate both biological causes (VLBW) and social causes (scholarity and skin color). Difficulties in the organization of the working process in maternities, showed in the qualitative part, can be increasing the risk of early death. |
URI: | http://hdl.handle.net/123456789/2625 |
Aparece nas coleções: | TCCs de Graduação em Medicina do Campus do Bacanga |
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