Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/123456789/2627
Título: Perfil de mortalidade das doenças infecciosas e parasitárias no Maranhão no período de 2003 a 2014
Título(s) alternativo(s): Profile of mortality of infectious and parasitic diseases in Maranhão from 2003 to 2014
Autor(es): SOUZA, Mateus Henrique Moreno
Palavras-chave: Doenças infecciosas e parasitárias no Maranhão
Taxa de mortalidade
Saúde pública
Infectious and parasitic diseases in Maranhão
Mortality rate
Public health
Data do documento: 30-Mar-2017
Editor: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Resumo: As doenças infecciosas e parasitárias (DIP) são diretamente influenciadas pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), apresentando maior incidência nas áreas mais pobres do país como as regiões Norte e Nordeste, portanto podem ser utilizadas de maneira indireta para avaliar a qualidade de vida e acesso a assistência de saúde de uma população, fornecendo assim indicativos para políticas de saúde pública mais eficientes. A tendência de redução da taxa de mortalidade por DIP que já ocorre há décadas, apresenta características diferentes para os diversos países e mesmo entre os estados brasileiros existem diferenças importantes, principalmente considerando regiões pobres e com baixo IDH como o Maranhão. OBJETIVO: caracterizar a mortalidade decorrente de doenças infecciosas e parasitarias e suas mudanças no Maranhão no período de 2003 a 2014. Os objetivos específicos foram: calcular as taxas de mortalidade das principais DIP do Maranhão e sua tendência no período, calcular as taxas de mortalidade das principais doenças tropicais negligenciadas e sua tendência no período, comparar as características e evolução da mortalidade por faixa etária, sexo, raça/cor, escolaridade, local de residência, local de ocorrência, ano e causa básica. METOLOGIA: estudo ecológico retrospectivo do tipo descritivo com abordagem quantitativa, baseado em dados do DATASUS oriundo do sistema de informação de mortalidade (SIM). Foram considerados como critérios de inclusão apresentar na DO como causa básica de óbito uma das doenças do capítulo I (algumas doenças infecciosas e parasitárias) da 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças, ter ocorrido no estado do Maranhão no período de 2003 a 2014. Foram excluídos os óbitos por septicemia para não comprometer a fidedignidade dos dados e não superestimar o número dos óbitos. RESULTADOS: foram 11.585 óbitos por DIP no Maranhão, na média geral do período a taxa de mortalidade por DIP foi de 15,13/100.000 habitantes, essa taxa de mortalidade manifestou uma tendência de crescimento. A mortalidade relativa por DIP ficou em 3,69% e apresentou uma tendência de redução. As DIP com as maiores taxas de mortalidade, em ordem decrescente, foram: HIV/AIDS, doença infecciosas intestinais, tuberculose, outras doenças bacterianas, protozoozes, hepatite viral e as arboviroses. As doenças negligenciadas mais frequentes foras: tuberculose, leishmaniose, hanseníase, arboviroses, esquistossomose e Doença de Chagas. As doenças com a maior mortalidade entre menores de 5 anos foram: doenças infecciosas intestinais (77,44%) e protozoozes (11,73%), entre a população de 15 a 59 anos foi o HIV/AIDS (50,90%). CONCLUSÃO: o aumento relevante da taxa de mortalidade por DIP foi inesperado pois a atual tendência mundial e brasileira é de redução, no entanto a faixa etária que mais reduziu a proporção de óbitos foi a de menores de 5 anos, enquanto a que mais aumentou foi a de 60 anos ou mais indicando que, apesar da persistência dos óbitos por DIP no estado, está havendo um deslocamento da mortalidade para as idades mais avançadas. A rede assistencial do SUS no estado do Maranhão se encontra desestruturada, principalmente no interior demonstrando que apesar de grandes avanços sociais e econômicos do país, as doenças relacionadas a pobreza continuam tento grande impacto sobre a mortalidade. Tal resultado levanta a reflexão sobre a necessidade de um melhor controle dessas doenças, que exigem mais atenção das autoridades do estado a fim de fortalecer a vigilância epidemiológica, conduzindo a diagnósticos precoces e tratamentos mais eficientes.
Descrição: ABSTRACT Infectious and parasitic diseases (IPD) are directly influenced by the Human Development Index (HDI), with a higher incidence in the poorest areas of the country, such as the North and Northeast regions, and can therefore be indirectly used to assess quality of life and access to health care for particular population, thus providing indications for more efficient public health policies. The trend towards reduction of IPD mortality rates, which has been occurring for decades, presents different characteristics in distinct countries and even among the Brazilian states there are important differences, especially considering the poor and low HDI regions such as Maranhão. OBJECTIVE: To characterize mortality from infectious and parasitic diseases and their changes in Maranhão from 2003 to 2014. The specific objectives were: to calculate the mortality rates of the main IPD in Maranhão and their trend in the period, calculate the mortality rates of the main neglected tropical diseases and their trend in the period, compare the characteristics and evolution of mortality by age, sex, race / color, schooling, place of residence, place of occurrence, year and basic cause. METHOD: retrospective ecological study of the descriptive type with a quantitative approach, based on DATASUS data from the mortality information system (SIM). Inclusion criteria were considered to be one of the diseases of chapter I (some infectious and parasitic diseases) of the 10th revision of the International Classification of Diseases, occurring in the state of Maranhão from 2003 to 2014. The deaths due to septicemia were excluded in order to not compromise data reliability and not to overestimate the number of deaths. RESULTS: There were 11,585 deaths due to IPD in Maranhão; In the general average of the period the mortality rate by IPD was 15.13 / 100,000 inhabitants, this mortality rate showed a growth trend. The relative mortality by IPD was 3.69% and showed a tendency to decrease. IPD with the highest mortality rates, in descending order, were: HIV/AIDS, intestinal infectious diseases, tuberculosis, other bacterial diseases, protozoozes, viral hepatitis and arboviruses. The most frequent neglected diseases were: tuberculosis, leishmaniasis, leprosy, arboviruses, schistosomiasis and Chagas disease. The diseases with the highest mortality among children under 5 years of age were: intestinal infectious diseases (77.44%) and protozoozes (11.73%); among the population aged 15-59 was HIV/AIDS (50,90%). CONCLUSION: The significant increase in the mortality rate due to IPD was unexpected, since the current world and Brazilian trends are of reduction, although the age group that most reduced the proportion of deaths was those under 5 years of age, while the one that increased the most was the group of 60 years or more indicating that, despite the persistence of IPD deaths in the state, there is a shift of mortality to the more advanced ages. The SUS assistance network in the state of Maranhão is unstructured, especially up-country, demonstrating that despite great social and economic advances in the country, poverty-related diseases continue to have a major impact on mortality. This result raises the reflection on the need for better control of these diseases, which require more attention from the state authorities in order to strengthen epidemiological surveillance, leading to early diagnosis and more efficient treatments.
URI: http://hdl.handle.net/123456789/2627
Aparece nas coleções:TCCs de Graduação em Medicina do Campus do Bacanga

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