Percepção dos familiares frente as práticas de reabilitação e ressocialização

Abstract

Introdução: As transformações processadas na assistência na área da saúde mental orientam que a pessoa com transtorno mental seja reinserida na sociedade. Nesse sentido, a família assume papel importante nessa perspectiva, pois passa a ser percebida e inserida no processo de socialização da pessoa com transtorno mental, assumindo responsabilidade e compromisso no tratamento. Objetivo: conhecer a percepção dos familiares de clientes de Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil frente às práticas de reabilitação e ressocialização. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório descritivo com abordagem qualitativa apoiada na Análise de Conteúdo, este delimitado na análise temática e unidades de registros sendo um conjunto de técnicas e procedimentos sistemáticos das comunicações para obter descrição do conteúdo das mensagens. Os dados foram obtidos por meio de entrevista individual aberta, com perguntas norteadoras e circulares, após parecer consubstanciado do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão sob o Parecer nº 2.965.571 e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido em duas vias. Participaram da pesquisa mães de crianças e adolescente da unidade que frequentaram por no mínimo 6 meses; o estudo constituiu-se de um corpus definido por 10 entrevistas das quais foram extraídas 102 unidades de registro e quatro temas. Resultados e Discussão: A análise temática mostra as mães mais participantes possuem melhor esclarecimento do reabilitar e ressocializar, seus filhos obtiveram grande melhora com o passar dos meses na instituição, todas as entrevistadas expressam gratidão a equipe multiprofissional pelo trabalho realizado, bem como suas visões de melhora para essas ações, expressam ainda seus medos, anseios e o preconceito imposto pela sociedade. Considerações Finais: As práticas dos profissionais percebidas pelas mães tornaram-se parte do processo de reabilitar e ressocializar, melhorando o desempenho social e interativo das crianças e adolescentes. Assim, os profissionais de saúde devem ampliar o olhar, contemplando os familiares. A pesquisa aponta subsídio para o trabalho da saúde mental na família, cujo o processo de reabilitar e ressocializar valorize a participação familiar para atingir o êxito.