Perfil das mulheres submetidas à cirurgia oncológica de mama no Maranhão

Abstract

Introdução: O câncer de mama é um grave problema de saúde pública mundial, sendo um dos alvos da rede de doenças crônicas. As formas de tratamento podem envolver procedimentos cirúrgicos, conservadores ou radicais, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e imunoterapia, a escolha do tratamento se dá a partir da detecção do tumor e estado clínico da doença. Para aplicar medidas de prevenção é necessário conhecer o perfil de determinada população para que se tracem planos de ação e se tenha o conhecimento necessário para que esse seja efetivo e traga bons resultados. Objetivo: Conhecer o perfil das mulheres submetidas à cirurgia oncológica de mama no Maranhão. Métodos: Trata-se de um estudo de natureza descritiva e de abordagem quantitativa, realizado com 70 mulheres, no período de setembro a outubro de 2018. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário contendo 65 questões e o instrumento WHOQOL-bref com 26 questões. Os Dados foram analisados por meio de frequência simples e absoluta. Resultados: Da amostra, 31,4% estão na faixa etária de 46 a 52 anos, são solteiras, 88,5% possuem filhos, 65,7% se declaram pardas, 80% residem em São Luís, 42,8% possuem renda mensal de 1 a 3 salários mínimos. A religião predominante é a católica, 57%, e 100% se declaram heterossexuais. Não ingerem bebida alcoólica (87,1%), 82,8% negam tabagismo e 68,5% negam consumo de alimentos enlatados e 42,8% não realizam atividade física. Possuem antecedentes oncológicos na família (52,8%). Apresentaram somente um tumor (85,7%), com o estadiamento patológico em T2 em 44,2%, N0 em 54,29% e M0 em 84,2% e estadiamento clínico em estádio I em 22,8% dos casos. Conclusão: O perfil da mulher maranhense da amostra deste estudo se alinha com a literatura mesmo quando correlacionando com estudos de outros locais com cultura, hábitos, índices de desenvolvimento e realidades diferentes do Maranhão. Porém, uma divergência deste estudo é o menor tempo de diagnóstico e início do tratamento, podendo este ser resultado dos esforços realizados para ampliação de acesso pela atenção básica. É necessário que o estudo de perfil seja aprimorado, uma vez que o perfil sociodemográfico influi sobre a detecção precoce e esta influa no perfil clínico dessa mulher, consequentemente tendo impacto na taxa de mortalidade e qualidade de vida das mulheres mastectomizadas maranhenses.