Avaliação da integridade tissular dos pés de adultos e idosos com Diabetes mellitus tipo 2

Abstract

Introdução: O diabettes melllitus tipo 2 constitui-se em um importante e crescente problema de saúde pública, principalmente nas faixas etárias mais avançadas, em face do aumento de expectativa de vida e do crescimento populacional e de sua relação com a hospitalização de seu portador causado na maioria das vezes por complicações dessa doença. A avaliação periódica dos pés de diabéticos pode identificar precocemente as alterações, permitindo o tratamento oportuno e evitando o desenvolvimento de complicações do diabetes. Objetivo: Avaliar a integridade tissular dos pés de adultos e idosos com diabetes mellitus tipo 2. Métodos: Estudo do tipo descritivo de abordagem quantitativa, realizado com 54 pacientes com diabetes mellitus tipo 2 no mês de novembro de 2018, com a aplicação de formulário sobre variáveis sociodemográficas e clínicas, um questionário que avalia o conhecimento dos usuários sobre a patologia e, em seguida, realizada a avaliação da integridade tissular dos pés de adultos e idosos com diabetes mellitus tipo 2 de acordo com as diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. Os dados foram digitados e organizados em planilhas no Microsoft Excel 2013, onde também foram calculadas as porcentagens que permitiram vislumbrar os resultados do estudo. Resultados: Da amostra, 85% demonstraram conhecimento satisfatório sobre autocuidado com os pés; 33.3% foram classificados com sintomas neuropáticos graves; 79.6% estavam com calçados impróprios; 25.9% possuíam deformidades nos dedos dos pés; 11.1% sofreram amputação de membros inferiores, configurando risco muito alto de perda de sensibilidade plantar; 35.2% apresentaram alguma alteração da marcha e 57.4%, pisada supinada. Considerações Finais: A maioria dos pacientes apresentou alguma alteração que confere risco aumentado para o desenvolvimento de úlcera e outras complicações decorrentes do pé diabético. É preciso reforçar ações de autocuidado com os pés e que sejam cobradas durante as consultas de enfermagem, pois a educação e capacitação desses pacientes é estratégia imprescindível para que consigam se empoderar acerca do próprio tratamento e controle da doença, conhecendo riscos e benefícios de cada uma das ações.