Levantamento florístico das espécies ornamentais e tóxicas ocorrentes em praças e canteiros do município de Codó, Maranhão

Abstract

O conhecimento sobre as espécies botânicas introduzidas na paisagem urbanas é de suma importância e relevância para o desenvolvimento do cenário paisagístico. Diante disso, os trabalhos de levantamentos florísticos são fundamentais por possibilitar a compreensão da diversidade biológica. Além disso, também fornece subsídios para criação de projetos de manejos e conservação destes ambientes. Este presente estudo tem como objetivo realizar o levantamento florístico das espécies ocorrentes na arborização de praças e/ou canteiros utilizadas em vias públicas do município de Codó-MA e identificar os aspectos etnobotânicos dessas espécies, tais como: ornamental e tóxico. As coletas dos espécimes foram realizadas entre os meses de janeiro a abril de 2018, no turno matutino, com auxílio de tesoura de poda, jornal, papelão, prensas de madeiras traçadas, corda de sisal, ficha de campo, câmera para registro fotográfico dos exemplares em seus habitats, e utilização de literatura taxonômica especializada para identificação dos exemplares. Foram registrados na arborização de praças e/ou canteiros em vias públicas do município de Codó-MA, a ocorrência de 116 espécies vegetais ornamentais, distribuídas em 43 famílias, sendo destas 38 espécies tóxicas. As famílias que apresentaram maior representatividade, destacam-se Fabaceae, com 16 espécies, seguida pelas famílias Apocynaceae com 10 espécies; Arecaceae e Asparagaceae com nove espécies cada; Euphorbiaceae com sete espécies; Rubiaceae com cinco espécies e Acanthaceae com quatro espécies, correspondendo a 51,72% do total coletado. Quanto a predominância da forma de vida, destaca-se árvore, com percentual de 32,76%, seguida das espécies arbusto, erva, palmeira e subarbusto, com percentual de 27,59%, 25,86%, 7,76% e 6,03%, respectivamente. Quanto a origem biogeográfica das plantas, destacam-se as cultivadas, com percentual de 44,83%, seguida das espécies nativas, naturalizadas e indeterminadas, com percentual de 37,07%, 13,79% e 4,31%, respectivamente. Em relação a repetição, as espécies mais abundantes em maior número de praças e/ou canteiros foram a Ixora coccinea L. (81%), seguidas pelas Azadirachta indica A. Juss. (76%) e Turnera subulata Sm. (62%). Portanto, com base nos resultados obtidos do presente estudo, foi possível constatar que a maioria das plantas utilizadas no processo de arborização estão inadequada, diante disso, é importante sugerir ao Poder Público que desenvolva planejamento, visando substituição de tais espécies, optando por espécies de origem nativa que não estarão em divergência com características climáticas e paisagísticas.