Limites e autonomia nas relações familiares: uma perspectiva gestáltica

Abstract

A proposta primordial deste trabalho é analisar possíveis articulações relacionadas aos conceitos de limites e autonomia nas relações familiares, a partir de uma perspectiva gestáltica. Tal objetivo se configurou de modo específico através da investigação sobre as principais contribuições teóricas, pensadas pelos autores da Gestalt-terapia, relacionadas ao processo de desenvolvimento infantil e em relação aos demais conceitos desta abordagem psicológica como contato, fronteira de contato, campo, confirmação e frustração habilidosa e associá-los aos conceitos de limites e autonomia na dinâmica familiar. Nesse ensejo, realizou-se uma pesquisa bibliográfica de cunho fenomenológico em obras clássicas e contemporâneas da Gestalt-terapia e de autores que nos permitiram compreender esta temática de modo contextualizado. Após o levantamento bibliográfico acerca dessa temática, buscou-se realizar uma análise fenomenológica e uma discussão crítica sobre as articulações encontradas entre esses diversos conceitos, que tornaram perceptíveis a necessidade da presença dos limites nas relações familiares, tanto para o desenvolvimento infantil sadio como para a construção da identidade e da autonomia de pais e filhos envolvidos nessa dinâmica. Diante dessa conclusão, considerou-se também que essa pesquisa demonstrou sua relevância e alcançou seus objetivos científicos, assim como sua relevância social a partir do momento em que dissertou diretamente sobre como a presença dos limites e da autonomia, podem oferecer possibilidades de formação de indivíduos mais atentos as suas necessidades e que também consigam perceber e respeitar os limites do outro e de seu próprio contato com a realidade.