Confirmação da estrutura fatorial do teste de ansiedade social para universitários (TASU)

Abstract

A ansiedade frente a situações sociais é uma reação comum, experienciada por todos e possui um caráter adaptativo. Tal traço, quando a tensão frente a interações sociais e de desempenho torna-se excessiva, desencadeia diversos prejuízos e pode levar a um transtorno de ansiedade social. Existem poucos estudos sobre a temática, em especial na população universitária, que precisa lidar com novas demandas e ter um desempenho social avaliado como competente, em diversas situação acadêmicas e na vida pessoal. Tendo em vista as especificidades desse contexto, estudos prévios adaptaram para o contexto brasileiro o Teste de Ansiedade Social para Universitários (TASU), desenvolvido originalmente na Argentina. O objetivo do estudo aqui apresentado foi adicionar evidências de qualidades psicométricas para a versão brasileira do instrumento a partir da validade da estrutura interna, validade por convergência entre construtos e fidedignidade. A coleta de dados para realização da pesquisa foi conduzida com uma amostra de 298 estudantes universitários, de diversas regiões do Brasil, de diferentes áreas de formação, em sua maioria com idade entre 18 e 25 anos. Os resultados encontrados demonstraram que a versão adaptada do TASU é adequada para o contexto brasileiro com índices de ajuste satisfatórios ao modelo proposto (GFI=0,85; CFI=0,90; RMSEA=0,075, CMIN/DF=2,45), com bons índices de precisão (Confiabilidade composta = 0,95; Alfa de Cronbach=0,94), e evidências de validade convergente com o Inventário de Habilidades Sociais e o Inventário de Depressão Maior. A partir disso, é possível concluir que o instrumento possui boa qualidade psicométrica, atendendo os critérios da Resolução 002/2003 do Conselho Federal de Psicologia.