Formação e atuação docente do psicólogo no ensino superior - possibilidades, limites e desafios

Abstract

Este trabalho monográfico se propôs a abordar a formação e a atuação docente do psicólogo no ensino superior, focando possibilidades, limites e desafios nesse processo. Desenvolveu-se com base em pesquisa bibliográfica e documental, recorrendo a autores que trabalham essa temática, com referencial teórico-metodológico crítico e reflexivo, bem como a alguns documentos institucionais básicos para a realização dessa produção acadêmica, acessíveis na internet. Considerou-se importante para compreender a realidade atual da Psicologia, entender o seu percurso histórico no Brasil, sua constituição e regulamentação enquanto profissão, tendo em conta seus marcos legais. Também buscou-se identificar elementos que contribuíssem para a configuração da atuação do psicólogo no ensino superior, refletindo acerca de sua formação acadêmica e docente, bem como do lugar da docência como campo de trabalho do psicólogo. Procurou-se aproximação da realidade de formação e atuação docentes no estado do Maranhão, precisamente na sua capital São Luís. Sob essa perspectiva foram levantados subsídios para discussão a partir de um breve estudo das matrizes curriculares de cinco instituições de ensino superior (IES) da capital que ofertam o curso de graduação em Psicologia, sendo uma da esfera pública: a Universidade Federal do Maranhão - UFMA e quatro da esfera privada: a Universidade CEUMA – UNICEUMA, o Centro Universitário Dom Bosco – UNDB, a Faculdade Pitágoras e o Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU. Convém esclarecer que não foi possível ter acesso aos Projetos Pedagógicos do Curso de Psicologia das IES privadas porque não se encontram disponíveis para consulta pública, como o da UFMA que se encontra acessível por meio de seu website. Depreende-se que são muitos os desafios e limites do psicólogo formador ou do formador psicólogo o qual enfrenta diversos impasses desde cobranças excessivas das instituições empregadoras, exigências do seu ofício de formador de outros profissionais, de titulação, assim como questões de identidade profissional. Mas infere-se, outrossim, que o próprio campo de trabalho pode ser um lugar de possibilidades de acordo com o compromisso político, social e ético do profissional e de uma postura crítica e reflexiva assumida enquanto sujeito nesse processo.