Sulfato de magnésio na neuroproteção do recém-nascido prematuro: uma revisão integrativa

Abstract

Introdução: A prematuridade é uma condição comum na prática obstétrica, é definida como nascimento de recém-nascido vivo antes de 37 semanas. As complicações neurológicas que podem advir dessa condição, tais como paralisia cerebral, hemorragia intraventricular e leucomalácia periventricular acarretam elevada morbidade e mortalidade. Método: Neste estudo, foram avaliados os artigos científicos resultantes de trabalhos de pesquisa a respeito do uso de sulfato de magnésio na neuroproteção do recém-nascido prematuro. Os artigos foram pesquisados nas bases de dados indexadas BVS, LILACS, MEDLINE e SciELO. Resultados: A busca inicial resultou na seleção de 37 artigos. Prosseguida com a análise e categorização, excluindo aqueles que fugiam à temática principal, a amostra final resultou na eleição de 14 artigos, 12 em língua inglesa e 2 em língua espanhola. No tocante aos tipos de estudo utilizados, a amostra foi formada por um estudo qualitativo, 2 metanálises, 2 revisões sistemáticas de literatura, 3 ensaios clínicos randomizados, 3 estudos de caso-controle e 3 coortes. Discussão: A análise dos estudos obtidos mostra um efeito neuroprotetor significativo, principalmente em relação à paralisia cerebral. Não foi encontrado aumento do número de infecções neonatais e necessidade de reanimação neonatal. São vários os mecanismos propostos para a ação neuroprotera do sulfato de magnésio, tais como: efeito antinflamatório, diminuição de citocinas tóxicas, aumento do fluxo cerebral fetal e estabilização da pressão arterial fetal. Conclusões: Os estudos demonstram efeito neuroprotetor associado ao uso antenatal de sulfato de magnésio, principalmente em relação à paralisia cerebral. Isso, sem acarretar aumento da mortalidade neonatal.