Atividade física e gestação: uma revisão bibliográfica

Abstract

A atividade física é considerada como um fator de proteção à saúde já bem estabelecido na literatura científica, ganhando importância maior no século XXI devido a um aumento das taxas de obesidade, doenças cardiovasculares e metabólicas nos países de alta e média renda. Durante o período gestacional, devido às mudanças corporais típicas do período, as mulheres sentem dores, tem sua capacidade respiratória reduzida e apresentam ganho ponderal importante, principalmente pelas mudanças metabólicas para suprir as necessidades do feto. Sendo assim, a atividade física faz parte da prescrição fundamental de qualquer gravidez. No entanto, verificase que muitas grávidas apresentam comportamento sedentário ou temem a prática de exercícios físicos. Esse é um produto da sabedoria popular, que intensifica os riscos de qualquer prática na gestação; do desconhecimento por parte das futuras mães dos benefícios adquiridos; e das informações que profissionais de saúde tendem a negligenciar em informar. Este estudo tem o objetivo de analisar os artigos e o principal consenso internacional relativo à atividade física na gestação, o guideline da Associação Americana de Obstetrícia e Ginecologia. Assim, busca-se evidenciar a segurança da prática esportiva, demonstrando suas indicações e restrições. Optouse por uma revisão da literatura advinda de artigos dos bancos de dados SCIELO e LILACS. Após triagem, foram selecionadas 49 referências. Os principais resultados deste estudo indicaram que as mulheres grávidas são menos ativas do que as mulheres não grávidas, principalmente a partir do segundo trimestre de gestação, com a evolução do volume uterino. Embora uma quantidade significativa de estudos comprove que a atividade física é importante na melhoria da qualidade de vida da gestante e na eficiência do parto, ainda não existe um programa unificado sobre quais práticas indicar.