Classificação de oócitos imaturos bovinos derivados de fêmeas post-mortem pelo método Azul Cresil Brilhante (ACB)

Abstract

A competência da produção in vitro de embriões (PIV), tem sido delimitada pelas condições de cultivo in vitro e baixa eficiência da qualidade dos oócitos selecionados para etapa de maturação in vitro. A utilização do corante Azul Cresil Brilhante (ACB) junto à seleção morfológica convencional tem sido uma escolha de métodos não invasivos que buscam selecionar oócitos de maior competência. Objetivou-se com o presente estudo selecionar oócitos imaturos bovinos para a maturação in vitro (MIV) pelo método Azul Cresil Brilhante (ACB) em condições de umidade e atmosfera ambiente. O estudo foi conduzido no Laboratório de produção in vitro de embriões da Universidade Federal do Maranhão - Campus Chapadinha. Os ovários foram obtidos em abatedouro, foram puncionados folículos com diâmetro variando de 3 a 12 mm, em seguida os oócitos foram rastreados e classificados sob estereomicroscópio por critérios morfológicos em quatro graus: Grau I (três ou mais camadas de células do cumulus e citoplasma homogêneo), Grau II (uma ou duas camadas de células do cumulus e citoplasma homogêneo), Grau III (camada incompleta de células do cumulus e citoplasma homogêneo ou heterogêneo) e Grau IV (células do cumulus com aspecto gelatinoso ou oócito degenerado com grânulos escuros). Em seguida, os oócitos selecionados foram incubados em gotas de ACB diluído em PBS sobre placa aquecedora à 38ºC por 60 min. Dentro do grupo de oócitos GI, o percentual de oócitos ACB+ foi significativamente maior que o percentual de ACB-. Nos oócitos classificados morfologicamente como GII foi encontrado um maior percentual de oócitos ACB-. O percentual de ACB+ e ACB- foram similares dentro do grupo de CCOs GIII, e taxa de ACB- significativamente maior grupo GIV. Ao comparar o percentual de corados e não corados entre os graus de classificação oocitária, verificou-se a taxa de ACB+ foi significativamente maior nos graus I e III. E consequentemente os graus II e IV apresentaram maiores taxas de CCOs ACB-. Concluiu-se que o método de classificação oocitária ACB, selecionou oócitos mais competentes (ACB+) classificados em Grau 1, embora não tenha sido capaz de selecionar oócitos viáveis classificados em Grau 2.Deste modo o método de coloração ACB foi atenuado por situações adversas de temperatura e umidade.