Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/123456789/3669
Título: Repercussões da fibrilação atrial no pós-operatório de cirurgia cardíaca
Título(s) alternativo(s): Repercussions of atrial fibrillation after cardiac surgery
Autor(es): NASCIMENTO, João Vitor Lobo
Palavras-chave: Cirurgia torácica
Revascularização miocárdica
Valvas cardíacas
Fibrilação atrial
Thoracic surgery
Myocardial revascularization
Heart valves
Atrial fibrillation
Data do documento: 5-Jul-2019
Editor: Universidade Federal do Maranhão
Resumo: A fibrilação atrial é uma complicação bem tolerada na maioria dos indivíduos sendo um problema temporário relacionado à cirurgia cardíaca, porém em pacientes idosos e/ou com disfunção ventricular esquerda, pode constituir-se numa ameaça à vida. Pesquisa retrospectiva transversal com objetivo de investigar as repercussões da fibrilação atrial em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca num Hospital Universitário (HU) de São Luís-Maranhão. Amostra composta de 29 prontuários de pacientes adultos submetidos a troca valvar e/ou revascularização do miocárdio que desenvolveram a fibrilação atrial no pós-operatório entre os anos de 2016 a 2017. Projeto encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa do HU, parecer favorável nº 2855350. A fibrilação atrial obteve uma incidência de 13,3 %. Prevaleceu pacientes de 70 a 89 anos (34,5%), média etária 62,1 anos, masculino (72,4 %), pardos (79,3%), interior (96,6 %), união estável (58,6 %), baixa escolaridade (27,6%), trabalhador rural (51,7 %), católicos (76,0 %), renda 1 a 2 salários mínimos (62,1 %). Destacou-se a hipertensão arterial sistêmica (69%) como doença prévia e como doença cardíaca a estenose/insuficiência mitral (41,3 %) e a doença arterial coronariana (34,5%). Identificou-se sobrepeso (48,3%), ex-tabagistas (31%), ex-etilistas (13,8%) e 3 ou 4 no escore de risco de acidente vascular encefálico (31%). Exames realizados foram eletrocardiograma, ecocardiograma, angiografia coronária e holter. A cirurgia de troca valvar (62,1%) foi a mais prevalente, já na revascularização do miocárdio (34,5%) a duração foi 3 a 4 horas (41,4%), circulação extracorpórea (96,6%) de 81 a 120 minutos (62,1%). O tempo de internação hospitalar prevaleceu acima de 40 dias (27,6%) e na UTI Cardiológica de 6 a 14 dias (44,9%). A instabilidade hemodinâmica (34,5%) e o sangramento aumentado (17,2%) foram as principais complicações. Com uso de betabloqueadores – 27 (93,1%), heparina/enoxaparina – 26 (89,7%) e drogas vasoativas – 20 (69%). Mais da metade dos pacientes apresentou fibrilação atrial valvar (65,5%), no pós-operatório mediato (65,5%), tipo paroxística (72,5%), de alta resposta ventricular (79,3%), com 2 ou 3 episódios (55,2%). Todos os episódios de fibrilação atrial desenvolveram-se nos primeiros sete dias de internação. O tratamento prevalente foi a terapêutica medicamentosa com amiodarona (86,2%) e betabloqueadores (93,1). Utilizou-se também a cardioversão elétrica (17,2%) e desfibrilação elétrica (10,3%), apresentou baixa incidência (13,3%). As repercussões da fibrilação atrial foram maior tempo de internação hospitalar, aumento do número de complicações e prolongamento da terapêutica medicamentosa.
Descrição: ABSTRACT Atrial fibrillation is a well-tolerated complication in most individuals being a temporary problem related to cardiac surgery, but in elderly patients and / or with left ventricular dysfunction, it can be life threatening. Retrospective cross-sectional study aimed at investigating the repercussions of atrial fibrillation in patients in the postoperative period of cardiac surgery in a University Hospital (HU) of São Luís-Maranhão. Sample composed of 29 medical records of adult patients submitted to valve replacement and / or myocardial revascularization who developed atrial fibrillation postoperatively between the years 2016 to 2017. Project submitted to the Research Ethics Committee of the HU, assent nº 2855350. Atrial fibrillation had an incidence of 13.3%. Prevalence of patients aged between 70 and 89 years (34.5%), mean age 62.1 years, male (72.4%), brown (79.3%), interior of Maranhão (96.6%), stable union 58.6%), low educational level (27.6%), rural workers (51.7%), Catholics (76.0%), income 1 to 2 minimum wages (62.1%). Systemic arterial hypertension (69%) and mitral stenosis (41.4%) and coronary artery disease (34.5%) were prior disease and heart disease. Overweight (48.3%), ex-smokers (31%), ex-alcoholics (13.8%) and 3 or 4 were identified in the stroke risk score (31%). Tests were electrocardiogram, echocardiogram, coronary angiography and holter. Valvular replacement surgery (62.1%) was the most prevalent; in myocardial revascularization (34.5%), the duration was 3 4 hours (41.4%), cardiopulmonary bypass (96.6%) of 81 to 120 minutes (62.1%). The length of hospital stay prevailed over 40 days (27.6%) and in the Cardiology ICU from 6 to 14 days (44.9%). Hemodynamic instability (34.5%) and increased bleeding (17.2%) were the main complications with the use of beta - blockers - 27 (93.1%), heparin / enoxaparin - 26 (89.7%) and vasoactive drugs - 20 (69%). More than half of the patients had atrial fibrillation (65.5%), in the postoperative period (65.5%), paroxysmal type (72.5%), high ventricular response (79.3%), or 3 episodes (55.2%). All episodes of atrial fibrillation developed during the first seven days of hospitalization. The prevalent treatment was the drug therapy with amiodarone (86.2%) and beta-blockers (93.1). Electrical cardioversion (17.2%) was also used and electrical defibrillation (10.3%), presented low incidence (13.3%). The repercussions of atrial fibrillation were longer hospital stay, increased number of complications and prolongation of drug therapy.
URI: http://hdl.handle.net/123456789/3669
Aparece nas coleções:TCCs de Graduação em Enfermagem do Campus do Bacanga

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