Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/123456789/3670
Título: Fatores de risco para Sepse neonatal tardia em hospital público de São luís - MA
Título(s) alternativo(s): Risk factors for late neonatal sepsis in a public hospital in São luís - MA
Autor(es): SILVA, Hysania Alexia Alves
Palavras-chave: Infecção
Sepse neonatal
Fatores de risco
Unidades de Terapia Intensiva Neonatal
Infection
Neonatal Sepsis
Risk Factors
Intensive Care Units Neonatal
Data do documento: 12-Jul-2019
Editor: Universidade Federal do Maranhão
Resumo: A sepse representa uma das mais preocupantes complicações infecciosas da atualidade, tanto pela incidência, quanto pela gravidade e pelo potencial de evolução para o óbito. A definição de sepse compreende as situações nas quais se estabelece síndrome de resposta inflamatória sistêmica provocada por infecção bacteriana, viral, fúngica ou parasitária. As infecções no período neonatal possuem características específicas que são desconhecidas em outro momento da vida. A sepse neonatal pode se desenvolver de forma precoce, quando diagnosticada nas primeiras 48 horas de vida do recém-nascido e de forma tardia, após as 48 horas. Sepse neonatal tardia está estreitamente relacionada aos procedimentos e contaminação presentes na Unidade de Saúde. Vários são os fatores de risco que estão relacionados à sepse neonatal tardia, e dessa forma, intervenções preventivas tornam-se essenciais em uma unidade neonatal para minimizar a exposição a agentes patogênicos causadores da sepse. O presente estudo tem por objetivo determinar os fatores de risco para sepse neonatal tardia em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um hospital público no município de São Luís – Maranhão. Realizou-se um estudo retrospectivo e documental com abordagem quantitativa, no Serviço de Arquivo Médico (SAME) do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão – HUUFMA. A amostra deu-se a partir de prontuários de neonatos de ambos os sexos, internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2018. Verificaram-se 360 prontuários com diagnóstico de infecção, sendo que 30 prontuários apresentaram diagnóstico de sepse neonatal tardia. Vale ressaltar que 14 prontuários não puderam ser observados devido a indisponibilidade para manuseio. Fizeram parte do estudo todos os prontuários de neonatos com confirmação diagnóstica de sepse tardia durante internação na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal ou no momento de sua admissão. Foram excluídos os que tiveram alta, óbito ou transferência em menos de 72 horas. Observou-se uma incidência de sepse neonatal tardia de 8,67%, valor abaixo do encontrado em outros estudos nacionais, assim como realizou-se a caracterização dos neonatos segundo as variáveis de gênero, peso ao nascer, tipo de parto e idade gestacional. Em relação às variáveis maternas, verificou-se que todas as mulheres que apresentaram hipertensão arterial evoluíram para parto prematuro. A sepse tardia predominou nos recém-nascidos do sexo masculino, prematuros e com baixo peso ao nascer, sendo prematuridade a principal causa de internação hospitalar. Houve positividade na maioria das hemoculturas, com predominância do microrganismo Staphylococcus epidermidis, com destaque para o uso prevalente de amicacina e oxacilina. Todos os pacientes da amostra fizeram uso de pelo menos dois dispositivos invasivos, a exemplo do cateter venoso central, acesso venoso periférico e ventilação mecânica. Entende-se, portanto, que a sepse neonatal tardia permanece como uma preocupação por sua prevalência nas unidades de terapia intensiva neonatal e pela relação com diversos fatores de risco a que são submetidos os neonatos. E os resultados encontrados revelam a qualidade da assistência prestada, evidenciando que as práticas de prevenção são essenciais para reduzir os índices de infecção.
Descrição: ABSTRACT Sepsis represents one of the most worrisome infectious complications of our time, both in incidence, severity and the considerable potential for evolution to death. The definition of sepsis includes situations in which the systemic inflammatory response syndrome caused by bacterial, viral, fungal or parasitic infection is established. Infections in the neonatal period have specific characteristics that are unknown at another time in life. Neonatal sepsis may develop early, when diagnosed within the first 48 hours of the newborn's life, and late after 48 hours. Late-onset neonatal sepsis is closely related to the procedures and contamination present in Neonatal Intensive Care Units. Several risk factors are related to late-onset neonatal sepsis, and thus, preventive interventions become essential in a neonatal unit to minimize exposure to pathogens causing sepsis. The present study aims to determine the risk factors for late-onset neonatal sepsis in patients hospitalized at the Neonatal Intensive Care Unit of a public hospital in the city of São Luís - Maranhão. A retrospective, documentary study was performed at the Medical Archive Service (SAME) of the University Hospital of the Federal University of Maranhão - HUUFMA. The sample was taken from records of neonates of both sexes, hospitalized in the Neonatal Intensive Care Unit from January 2016 to December 2018. There were 360 medical records with a diagnosis of infection, and 30 medical records were diagnosed of late-onset neonatal sepsis. It is noteworthy that 14 medical records could not be observed due to unavailability for handling. Thus, only 30 medical records were effectively analyzed through a data collection instrument. All the records of newborns with diagnostic confirmation of late-onset sepsis during hospitalization at the Neonatal Intensive Care Unit or at the time of admission were included in the study. Those who were discharged, died or transferred in less than 72 hours were excluded. An incidence of late-onset neonatal sepsis of 8.67% was observed, a value below that found in other national studies, as well as neonatal characterization according to gender, birth weight, type of delivery and gestational age variables. Regarding the maternal variables, it was verified that all the women who presented hypertension evolved to preterm birth. Late-onset sepsis predominated in preterm and low birth weight infants, and prematurity was the main cause of hospitalization. There was positivity in most blood cultures, with predominance of the microorganism Staphylococcus epidermidis, with emphasis on the prevalent use of amikacin and oxacillin. All patients in the sample made use of at least two invasive devices, such as the central venous catheter, peripheral venous access and mechanical ventilation. It is understood, therefore, that late neonatal sepsis remains a concern because of its prevalence in neonatal intensive care units and the relationship with several risk factors to which neonates are submitted. And the results show the quality of care provided, evidencing that prevention practices are essential to reduce infection rates.
URI: http://hdl.handle.net/123456789/3670
Aparece nas coleções:TCCs de Graduação em Enfermagem do Campus do Bacanga

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