Digestibilidade aparente do fósforo em rações para Tambaqui, nas fases entre 1 a 20 gramas e 20 a 100 gramas

Abstract

Considerando que os coeficientes de digestibilidade de fósforo podem variar em função da concentração de fósforo na ração, bem como nas diferentes fases de criação, objetivou- se determinar os teores de fósforo digestível em rações para tambaqui (Colossoma macropomum) contendo diferentes níveis de fósforo total, nas fases entre 1 e 20 gramas e 20 e 100 gramas. Na primeira fase (1 a 20 gramas) foram utilizados 360 alevinos de tambaqui com peso inicial de 13,3 ± 0,63g. Na segunda fase (20 a 100 gramas) foram utilizados 180 peixes com peso médio inicial em torno de 47,63 ± 0,49g. Em ambas as fases, foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 x 6, composto por seis tratamentos, três repetições por tratamento e 20 e 10 peixes por unidade experimental, respectivamente. Os tratamentos, nas duas fases, foram constituídos de seis rações experimentais isoproteicas, isoenergéticas e isocálcicas, com diferentes níveis de fósforo total (0,42; 0,64; 0,86; 1,08: 1,30 e 1,52 %) acrescidas de 0,50% de óxido crômico (99,50% da ração experimental + 0,50% de Cr2O3), como indicador indigestivo na determinação de coeficientes de digestibilidade pelo método indireto. Os peixes foram mantidos em caixas de polietilenos (aquário) de 1.000 L em sistema fechado de circulação de água, dotadas de sistema de abastecimento, aeração suplementar e drenagem individual, e foram alimentados ad libitum durante 53 dias. Foram avaliados os coeficientes de digestibilidade aparente de fósforo e os valores de fósforo digestível da ração. Não houve interação entre a concentração de fósforo na ração e a fase de criação para nenhuma das variáveis avaliadas. Os coeficientes de digestibilidade aparente de fósforo diminuíram de forma quadrática (66,63% a 13,03%) com o aumento dos níveis de fósforo da ração e alevinos apresentaram valores superiores em relação a juvenis. Os teores de fósforo digestível da ração aumentaram de forma quadrática até o nível de 0,90% de fósforo total da ração, equivalente a 0,38% de fósforo digestível, e os teores de fósforo digestível foram superiores para alevinos em relação a juvenis. Conclui-se que a suplementação de fósforo na ração diminui seus coeficientes de digestibilidade aparente, sendo que os maiores valores de fósforo digestível foram obtidos com 0,90% de fósforo total, equivalente a 0,38% de fósforo digestível; e que os coeficientes de digestibilidade para alevinos são superiores aos obtidos para juvenis.