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http://hdl.handle.net/123456789/3882
Título: | A POLÍTICA DE DROGAS E AS COMUNIDADES TERAPÊUTICAS: conflitos entre saúde, justiça e religião |
Título(s) alternativo(s): | DRUG POLICY AND THERAPEUTIC COMMUNITIES: Conflicts between health, justice and religion |
Autor(es): | SOUSA, Ana Carolina Pinto |
Palavras-chave: | Comunidade Terapêutica; Drogas; Saúde Mental; Redução de Danos; Rede de Atenção Psicossocial Therapeutic Communities; Drugs; Mental Health; Harm Reduction; Psychosocial Attention Network |
Data do documento: | 12-Jul-2019 |
Editor: | Universidade Federal do Maranhão |
Resumo: | Esse trabalho visa compreender o funcionamento das Comunidades Terapêuticas, que são serviços em regime residencial para atendimento de usuários de álcool e outras drogas que têm por objetivo principal a obtenção de abstinência total por parte dos usuários, bem como analisar o papel dessas instituições ao longo da história da Reforma Psiquiátrica brasileira e na atual Política de Drogas. As CTs baseiam seu tratamento em métodos de disciplinamento, trabalho e espiritualidade, em sua maioria utilizam o método dos doze passos do AA e são geograficamente afastadas a fim de promover um ambiente supostamente seguro e protegido das influências externas consideradas negativas. Observamos que esse modelo se opõe ao preconizado pelo Ministério da Saúde desde a Lei da Reforma Psiquiátrica, de 2001, que prevê o tratamento em liberdade e utilizando os recursos do território de vida dos usuários, por meio dos equipamentos substitutivos como os CAPS, principalmente os CAPS ad para usuários de álcool e outras drogas, que utilizam a estratégia de Redução de Danos na articulação da rede de saúde para promoção de um atendimento integral a esses indivíduos. Apontamos as incoerências existentes entre os modelos preconizados pelo Ministério da Saúde e o adotado pelas Comunidades Terapêutica, especialmente em 2011, quando por meio do Programa Federal “Crack: é Possível Vencer” da SENAD do Ministério da Justiça, as CTs começaram a receber verbas públicas para o tratamento aos usuários de drogas, principalmente de crack, sendo incluídas então como dispositivos oficiais da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Essa inclusão está envolvida em diversas controvérsias, principalmente por ferir os princípios preconizados pela Política de Saúde Mental. Além disso, demonstramos como as Comunidades Terapêuticas vêm sendo constantemente denunciadas por violações de direitos humanos, como consta nos Relatórios de Inspeção do Conselho Federal de Psicologia e em diversas pesquisas acadêmicas. |
Descrição: | This work aims to comprehend the functioning of the Therapeutic Communities, which are services in a residential regime of care to the users of alcohol and other drugs that have as main goal the total abstinence by the users, as well to analyse the role of the institutions throughout the history of the Brazilian Psychiatric Reform and Current Drug Policy. The CTs base their treatment on disciplinary, work, and spirituality methods, most of they use the twelve step method of AA and are geographically removed in order to promote a supposedly safe and protected environment from outside influences considered to be negative. We observe that this model opposes the one advocated by the Ministry of Health since the Law of Psychiatric Reform in 2001, which provides the treatment in freedom and using the resources of the territory of life of the users, through the substitutive equipment such as CAPS, mainly CAPS ad for users of alcohol and other drugs, who use the Harm Reduction strategy in the articulation of the health network to promote an integral care to these individuals. We point out the inconsistencies between the models recommended by the Ministry of Health and those adopted by the Therapeutic Communities, especially in 2011, when by the Federal Ministry of Justice's program "Crack: It's Possible to Win", CTs began to receive public funds for the treatment of drug users, mainly crack users, and then they have been included as official devices of the Psychosocial Attention Network (RAPS). This inclusion involves several controversies, mainly because they hurt the principles advocated by the Mental Health Policy. In addition, we show how the Therapeutic Communities are constantly being denounced for human rights violations, as shown in the Inspection Report of the Federal Counsel of Psychology and in several academic researches. |
URI: | http://hdl.handle.net/123456789/3882 |
Aparece nas coleções: | TCCs de Graduação em Psicologia do Campus do Bacanga |
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