Ação do tratamento da fração acetato de etila de Dysphania ambrosioides (L.) Mosyakin & Clemants (mastruz) em modelo experimental de osteoartrite em camundongos fêmeas

Abstract

A osteoartrite (OA) é uma condição crônica e gradativa gerada pela perda da cartilagem articular. É a forma mais comum de artrite, caracterizada pela presença de dor e incapacidade funcional. Em modelos experimentais de indução de OA tem-se utilizado o monoiodoacetato de sódio (MIA) - um composto modificante de resíduos de proteína capaz de ocasionar a degradação da cartilagem articular dos animais, com o intuito de avaliar o efeito de tratamentos alternativos frente a essa doença. Dysphania ambrosioides conhecida popularmente como mastruz, apresenta um grande potencial anti-inflamatório e imunomodulador e na literatura tem descrito que a fração de acetato de etila (FAcOET) de D. ambrosioides desempenha o efeito anti-inflamatório em modelos inflamatórios. Deste modo, este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito do tratamento da fração acetato de etila frente ao modelo experimental de osteoartrite em Swiss fêmeas. Para isso os animais foram divididos em 4 grupos: o controle, grupo dexametasona, grupo FAcOEt na dose de 1mg/kg e o grupo FacEOt na dose 5mg/kg. Os quatros grupos foram submetidos a indução de OA por injeção de 10μL de MIA (dose 8 mg/kg do peso do animal) no ligamento do joelho direito. A avaliação locomotora foi verificada através da atividade de subida de escada, cronometrados e avaliados nos dias 1, 11, 21, e 31, e a circunferência do joelho do animal foi medido através de fita milimétrica. No 31º dia, ocorreu a eutanásia dos animais e foram coletados o linfonodo inguinal e o baço, os quais foram pesados e macerados, respectivamente, em 1ml e 5ml de PBS 1x; a contagem total de células foi realizada em câmera de Neubauer. Por fim, a pata direita dos animais foi removida para análises histopatológicas da cartilagem. Com a indução da OA, o grupos apresentaram pico inflamatório no primeiro dia de indução , e aos grupos tratados com a fração acetato de etila de D.ambrosioides na dose 1mg/kg e 5 mg/kg mostraram diminuição do tempo de atividade locomotora , quando verificado em relação a circunferência articular , observou-se diferença significativa nas duas doses trabalhas. Quando comparado o peso dos órgãos linfoides do grupo Controle com os grupos que foram administrados as frações não houve diferença significativa. Em relação aos cortes histopatológicos, foi observado diferença significativa em relação a necrose, infiltrado inflamatório, extensão da lesão e edema entre as frações trabalhadas nas duas doses, principalmente na FacOET5 em relação ao grupo controle. Percebeu-se melhora dos animais tratados com dose oral de D. ambrosioides tanto na dose de 1mg/kg quanto na dose de 5mg/kg, principalmente em relação a inflamação da região articular quanto na manutenção da arquitetura óssea e cartilaginosa.