AS POSSÍVEIS FAZENDAS ESCRAVISTAS CODOENSES NA ÁREA DE ATUAÇÃO DA IGREJA SANTA RITA E SANTA FILOMENA (MATRIZ) DE 1871-1876.

Abstract

Este trabalho teve como objetivo a identificação das possíveis fazendas escravistas e seus respectivos proprietários da segunda metade do século XIX, e seus atuais donos. Apresentando um conjunto de informações, dados, catalogados das fazendas visitadas. Assim, este estudo tem uma relevância quanto à organização de elementos que podem subsidiar pesquisadores que queiram buscar informações para realizações de trabalhos na área. Para tal fim, buscou-se fontes que pudessem nortear esta pesquisa, a análise nos documentos eclesiásticos da igreja matriz de Codó foi o primeiro passo para começar este trabalho. Foram identificadas algumas das fazendas do século XIX na sua área de atuação de 1871 a 1876, para que se pudesse definir um roteiro que iria nortear durante todo o estudo. Todavia para realização da pesquisa, foi necessário identificar todas as 59 fazendas citadas nos documentos da igreja Matriz na região de Codó, na sua área de atuação. No entanto não foram identificadas somente 59 fazendas, pois muitas destas foram divididas em menores propriedades, havendo um acréscimo em número de fazendas e também algumas delas passaram a serem localidades, sendo que como fazenda foram encontradas 67, e 19 comunidades em algumas destas áreas. Dessa forma, buscou-se em trabalhos, como de Lisboa (1976); Fausto (1996); Maia (1997); Machado (1999); Nozoe (2006), informações que fundamentaram este estudo. Como também análise de legislações, como a Lei Nº 601 de 18 de setembro de 1850, Lei Nº 581, de 04 de setembro de 1850, Lei Nº 2.040, de 28 de setembro de 1871. Entende-se que a “Lei de terras”, a saber, Lei nº601/1850 foi elaborada para resolver os percalços relacionados a posso de terras existentes na época, pois ela determinava a forma de aquisição das terras no Brasil Imperial, entretanto apenas os grupos economicamente poderosos foram os mais beneficiados.