Estudo do marcador de virulência cagA Dohelicobacter Pylorie sua associação com afecções gástricas em Imperatriz, Maranhão

Abstract

Introdução: Estudos sugerem que cepas do Helicobacter pylori que expressam os genótipos mais patogênicos, como as cagA positivas estão relacionadas com as afecções gástricas mais graves como o câncer gástrico. Objetivos: Identificar o fator de virulência cagA do Helicobacter pylori em pacientes com afecções gastricas no sul do Maranhão Métodos: Estudo transversal realizado com 565 pacientes atendidos em um serviço de endoscopia de Imperatriz - MA. Foi realizado entrevista para coleta dos dados socioeconômicos sanitários. A detecção do H. pylori foi realizada através do teste rápido de urease. O estudo obedeceu aos padrões éticos da pesquisa, envolvendo seres humanos. Os dados foram analisados utilizando o programa de estatística SPSS 22.0. Para genotipagem das cepas foram selecionados por conveniência 64 amostras de tecido gástrico de pacientes com o diagnostico positivo para Helicobacter pylori. Resultados: Foram analisados 64 pacientes dispépticos com diagnostico positivo para Helicobacter pylori, com predomínio do sexo feminino (65,6%), a idade variou entre 18 e 80 anos, com média de idade de 43,8 (desvio padrão de 17,51), 64,1% tinha renda maior que um salário mínimo (R$ 880,00), 79,7% moram com até 5 pessoas, 53,1% não possui rede de esgoto, 56,3% não bebe água tratada.Observou-se que 82,8% apresentaram gastrite, 62,5% tiveram gastrite de antro, 12,5% gastrite em Corpo, 12,5% apresentou esofagite, 15,6% apresentou ulcera gástrica, a prevalência do gene cagA foi de 35,9% (23/64). O gene cagA apresentou-se mais frequente na faixa etária de 31 a 45 anos e na afecção gástrica gastrite. Pacientes que residiam com menos de cinco pessoas tinham menores chances de apresentarem cepas cagA (OR:0,26; p= 0,05). Não se encontrou associação da presença do gene cagA com as afecções gastrite, ulcera péptica e esofagite. Conclusão: O presente estudo mostrou que residir com poucas pessoas diminuem as chances de adquirirem cepas com perfil genotípico cagA e não houve relação entre o gene cagA com afecções gástricas estudadas.