Viver com AIDS na terceira idade

Abstract

Objetivo: Descrever o contexto do cotidiano vivido por mulheres idosas soropositivas para o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), com enfoque na experiência de envelhecer com a doença. Métodos: Estudo qualitativo baseado nos pressupostos do Interacionismo Simbólico, desenvolvido entre março a junho de 2017, no cenário de um Serviço de Assistência Especializada no atendimento a pacientes com HIV/Aids em um município do Nordeste brasileiro. Os dados foram coletados por meio de instrumento semiestruturado, com 12 idosas soropositivas para o HIV, que vivenciavam o envelhecimento com a doença. Foi realizada uma leitura minuciosa sobre expectativas e ações gerontológicas para o HIV, à luz do Interacionismo Simbólico. As entrevistas foram gravadas em áudio e posteriormente transcritas e analisadas, na busca de identificar os significados atribuídos pelas mulheres à experiência de envelhecer na condição de soropositivas para o HIV, seguindo-se às recomendações da análise de conteúdo. Resultados: Da análise surgiram duas categorias: a compreensão da experiência vivenciada com o diagnóstico do HIV (esta categoria gerou dois temas, sendo eles: Reconhecendo mudanças, se reconhecendo e construindo o significado de autocuidado para envelhecer bem); e da categoria (convivendo com as pessoas e o HIV; surgiu o tema alterações de convivência no âmbito afetivo e familiar) que trata de mecanismos que favorecem ao autocuidado destas mulheres idosas após o diagnóstico do HIV/ Aids). Considerações finais: O estudo possibilitou conhecer o significado atribuído à vivência de idosas com o diagnóstico do HIV/Aids. A confirmação da infecção traz complicações concernentes a como estas mulheres se enxergam perante a sociedade após o diagnóstico.