Assistência a saúde da mulher vivendo com HIV\AIDS: refletindo sobre o cotidiano e adesão ao tratamento

Abstract

A infecção pelo vírus HIV tem apresentado crescente expressividade entre o público feminino, emergindo, dessa forma, como um relevante problema de saúde pública. Desse modo, este estudo tem por objetivo descrever a percepção de mulheres que vivem com HIV sobre o enfrentamento e aceitação da infecção, das dificuldades encontradas para a manutenção da qualidade de vida e da adesão ao tratamento, diante do parceiro, família, sociedade e maternidade. Trata-se de um estudo do tipo qualitativo e fenomenológico, realizado em junho de 2017, com 22 mulheres vivendo com HIV, as quais são acompanhadas num Serviço de Assistência Especializado no atendimento ao paciente com HIV/Aids situado no sudoeste do Maranhão, Nordeste, Brasil. As entrevistas foram gravadas na íntegra para em seguida serem transcritas e elencou-se como pergunta norteadora: “Como se dá o enfrentamento de mulheres que vivem com HIV, quanto à adesão ao tratamento, diante do parceiro, família, sociedade e maternidade?”. Sendo assim, identificou-se seis categorias: Sentimentos relacionados ao diagnóstico da infecção pelo vírus HIV; Apoio familiar e enfrentamento do preconceito; Mudanças no cotidiano após o vírus; Percepção das mulheres que vivem com HIV acerca da maternidade; Convivência com as pessoas do ciclo social; e Visão das mulheres em relação ao tratamento e assistência disponibilizados nos serviços de saúde. Portanto, viver com HIV ainda está fortemente atrelado ao estigma, sendo assim, é oportuno o apoio emocional no momento do diagnóstico, sobretudo pelos familiares e pessoas próximas, como forma de enfrentamento do contexto da infecção em questão.