GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ESPÉCIES FLORESTAIS COMO ESTRATÉGIA INICIAL PARA A RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS.

Abstract

A produção de mudas de espécies florestais vem ganhando espaço nos últimos anos, devido principalmente a degradação de áreas naturais, e a necessidade de reflorestamento viável. Mudas destas espécies vêm sendo utilizadas na arborização urbana pela sua beleza, e na medicina alternativa por suas propriedades medicinais, o que aumenta a demanda por mudas saudáveis. O objetivo deste trabalho foi avaliar a germinação de sementes de duas espécies de plantas florestais visando a produção de mudas com potencial de uso em programas de restauração de áreas degradadas. Para isso frutos maduros de Caesalpinia pulcherrima e Cassia sp. foram coletados e suas sementes submetidas a testes de embebição de sementes, germinação em rolo de papel e de emergência em areia lavada. O teor de umidade nas sementes de C. pulcherrima e Cassia sp. ao início dos experimentos estava em 7,2% e 4,9%, respectivamente. Um aumento considerável na embebição de C. pulcherrima se deu entre 24 e 36h enquanto que em Cassia sp. esse aumento ocorreu após 80h de embebição. Esse aumento coincidiu com o início da germinação das sementes. As taxas de germinação foram de 90% e 60% respectivamente, para C. pulcherrima e Cassia sp. A taxa de emergência foi de 56% para ambas. Comparando com a germinação das sementes, as plântulas de Cassia sp. emergem em maior velocidade e proporção. As duas espécies testadas apresentam germinação satisfatórias quando recém extraída dos frutos, para a produção de mudas em viveiro, porém para Cassia sp. pode ser necessário a utilização de algum método físico ou mecânico para a quebra de dormência de suas sementes no sentido de incrementar esse resultado.