Aleitamento materno entre crianças com microcefalia: fatores que condicionam sua prática

Abstract

A microcefalia é uma malformação congênita em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada, sendo associada ao vírus Zika, após aumento de bebês nascidos com microcefalia em áreas afetadas pelo vírus. O Ministério da Saúde recomenda que os bebês com microcefalia devam ser amamentados na primeira hora de vida e exclusivamente durante os primeiros seis meses. Objetivou-se conhecer como acontece a amamentação entre as crianças com microcefalia; Descrever o perfil de nascimento das crianças; Identificar as características sóciodemográficas e obstétricas das mães das crianças. Estudo descritivo, transversal, quantitativo realizado com as mães das crianças com microcefalia atendidas no ambulatório de seguimento do Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz. Dados coletados através de um formulário estruturado aplicado às mães das crianças com microcefalia entre Fevereiro e Agosto de 2017. Amostra composta por 40 mães, selecionadas por conveniência. Os resultados mostraram que 57,5% das mães foram orientadas sobre a importância da amamentação durante o pré-natal e 47,5% amamentaram na primeira hora de vida e 65% não teve dificuldades para amamentar. A idade gestacional variou entre <37 até >40 semanas, o perímetro cefálico teve a media 31,25 centímetros. A média da idade materna foi de 26,5 anos. O momento de diagnóstico da microcefalia entre 72,5% dos bebês foi após o parto. Observou-se que as mães dos bebês com microcefalia tiveram dificuldades para amamentar semelhantes às mães dos bebês que não possuem microcefalia e os bebês também tiveram dificuldades semelhantes para mamar às apresentadas pelos bebês que não tem microcefalia.