Diagnóstico de HIV/AIDS em mulheres: vivências e experiências

Abstract

A epidemia da infecção do HIV/Aids no Brasil, baseia-se em um fenômeno dinâmico e instável, marcado por profundas desigualdades. Apesar de inicialmente ser majoritariamente masculina, a infecção tomou novas formas, através da heterossexualização e feminização dos casos notificados. O diagnóstico impõe à mulher mudanças de vida e contrastes na perspectiva de si, esse momento gera expectativas negativas e angústias quanto aos planos para o futuro. Consequentemente, delimitam a forma como compreendem e enfrentam as mudanças a partir da descoberta. Dessa forma, objetiva-se analisar as vivências e experiências de mulheres após o diagnóstico do HIV/Aids. Foi realizado um estudo analítico de abordagem qualitativa no Centro de Testagem e Aconselhamento do Município de Imperatriz - Maranhão entre os meses de julho a agosto de 2018. Participaram da pesquisa 14 mulheres. Para a coleta de dados utilizou-se entrevista semiestruturada, cuja a análise dos dados foi realizada através da Análise de Conteúdo na modalidade temática. Emergiram três categorias: “Quando seu saí lá de dentro, aí meu mundo desabou”; “Hoje em dia eu gosto das pessoas, mas amor não é”; “Foi o que me fez levantar a cabeça e partir pra vida!”. Concluiu-se que a mulher soropositiva experimenta baixos níveis de estima do eu e percepção negativa do futuro. Desta maneira, foi perceptível os impactos do HIV sobre o envolvimento sexual enquanto soropositiva, a autoestima e relações interpessoais.